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Diretoria da AMIB reúne-se com ministro da Saúde para propor ações conjuntas

A diretoria da Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB), representada pelo Dr. Álvaro Réa Neto (presidente) e pelo Dr. Ederlon Rezende (1° secretário), foram recebidos pelo ministro da saúde, José Gomes Temporão , na última quinta-feira, dia 9 de outubro, em Brasília (DF). Durante o encontro, os diretores apresentaram um conjunto de propostas, que deve ser implantado em parceria com o Ministério da Saúde (MS), visando a maior eficiência na utilização dos recursos disponibilizados nas Unidades de Terapia Intensiva brasileiras. O projeto tem ainda como objetivos aumentar o número de especialistas, acoplado a um plano de cargos e salários no serviço público, reformular as normas mínimas da ANVISA, oferecer cursos de capacitação dos profissionais não-especialistas, que já trabalham nas UTIs públicas do Brasil, e desenvolver um modelo de gestão das unidades.

De acordo com o Dr. Réa Neto, a receptividade do ministro às sugestões de ações foi excelente. “Ele já solicitou à Secretaria de Atenção à Saúde (SAS) que coordene as próximas reuniões para tornar as propostas viáveis e implementá-las a partir do próximo ano. Devemos receber, em breve, um cronograma de reuniões para especificarmos o programa e participar ativamente da montagem de um Programa Nacional para as UTIs. Abrimos um importante canal de comunicação com o Ministério da Saúde e queremos trabalhar juntos para reformular o estado atual da Medicina Intensiva dentro do Sistema Único de Saúde (SUS)”,  comemora.

“Acreditamos que essas medidas possam otimizar continuamente os resultados dos investimentos na área da medicina crítica e trazer mais benefícios para toda o sistema de saúde brasileiro. Atingir esses objetivos é extremamente importante, pois o número de UTIs, que já vem crescendo, deve aumentar ainda mais devido ao envelhecimento progressivo da população brasileira e a necessidade de oferecer mais leitos em áreas ainda carentes”, explica Réa Neto.

Segundo o presidente, paralelamente ao aumento de unidades, ao aparecimento de especialistas qualificados e ao desenvolvimento de tecnologias modernas e eficientes de ressuscitação, monitorização e suporte à vida, por exemplo, surgiram também fortes desafios de gestão desses recursos. “As UTIs são ambientes altamente complexos onde pequenas decisões têm forte impacto na qualidade do atendimento, na sobrevida dos pacientes e em custos. Elas são também locais de alto risco em propiciar o aparecimento de eventos adversos e erros médicos de toda natureza. Na última década, tem havido o aparecimento de várias evidências que as UTIs são um dos principais locais dentro dos hospitais onde os pacientes podem estar expostos a riscos. Mas, ao mesmo tempo, houve também inúmeros indícios que a forma mais eficiente de buscar qualidade e minimizar esses riscos é desenvolver um modelo de gestão na busca contínua por melhora da qualidade”.

A convite do ministro, participaram ainda da reunião a secretária Cleusa Rodrigues da Silveira Bernardo, da SAS, Karla Larica, coordenadora-geral de Atenção Hospitalar, e a Dra. Ana Estela Haddad, coordenadora-geral do Departamento de Gestão da Educação na Saúde (DEGES), responsáveis diretas pelas políticas de saúde na área da Medicina Intensiva dentro do Ministério da Saúde.