Com apoio do Ministério da Saúde, foi lançado esta semana,
O programa resulta de parceria entre a Confederação das Santas Casas de Misericórdia (CMB) e o Fórum Nacional dos Programas Estaduais e Setoriais de Qualidade, Produtividade e Competitividade (QPC), e já recebeu cerca de R$ 15 milhões em investimentos, de empresas como o Instituto Gerdau e Petrobras.
Segundo o superintendente nacional da CMB, José Luiz Spigolon, que coordena o programa, a previsão é de uma rápida redução de desperdícios, aumento na produtividade, capacitação e motivação das equipes hospitalares. Ele destacou que foi formada uma equipe de consultores para visitar os hospitais e levar, por meio de palestras e oficinas, métodos de aperfeiçoamento da administração dos recursos e de materiais das entidades.
“Assim como as indústrias, os hospitais precisam de um estoque de materiais – e têm que gerenciar isso. O trabalho inicial deste programa vai de encontro diretamente com a utilização de cada insumo no dia-a-dia de cada hospital", afirmou. Uma boa gestão de recursos, segundo ele, pode reduzir os gastos dentro de um hospital, que "chega a ter dez mil medicamentos estocados, com prazo de validade normalmente curto – se a instituição não tem uma excelente administração de material, o desperdício acontece”.
Spigolon citou ainda a falta de controle nas áreas de lavagem de roupas e preparação de refeições como possíveis “indicadores” de desperdício. “Com medo de faltar alimentos, às vezes são preparadas quantidades de refeições superiores à demanda", lembrou.
Na primeira fase do programa, que vai durar 40 semanas, participarão hospitais de todas as regiões, filiados à CMB. Eles foram divididos em seis grupos sediados nas capitais dos estados da Bahia, Ceará, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e São Paulo, e no Distrito Federal. Para as próximas fases, segundo Spigolon, novos hospitais serão selecionados.