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Genéricos têm o melhor resultado de sua história

A venda de medicamentos genéricos foi recorde em agosto. Os laboratórios fabricantes de genéricos comercializaram 11,2 milhões de unidades, 41,1% a mais em relação a igual período de 2003, e atingiram faturamento de US$ 39,7 milhões, valor 48% superior, de acordo com dados do IMS Health, instituto que audita o mercado farmacêutico no varejo, divulgados ontem pela Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos (Pró Genéricos), que reúne as principais empresas do segmento.

Em agosto de 2003, o segmento vendeu 7,9 milhões de unidades e a receita apurada foi de US$ 26,7 milhões. O resultado de agosto deste ano foi o melhor desempenho mensal da história dos genéricos, que entraram no mercado em 2000, disse a diretora-executiva da Pró Genéricos, Vera Valente. Segundo o IMS Health, com a performance o segmento passou a deter 9,7% de participação, em volume, do mercado total farmacêutico ante 7,9 % de igual mês de 2003.

Parte do bom desempenho a executiva atribui à retomada da economia, que se refletiu no mercado farmacêutico nacional. Em agosto, o setor vendeu 15% a mais em volume, em comparação com o mesmo mês de 2003, com 115,5 milhões de unidades. O faturamento, de US$ 505,3 milhões, aumentou 23%.

“Mas o crescimento de mais de 25 pontos percentuais acima do setor se deveu ao processo de maior consolidação dos genéricos no País. Os médicos estão mais seguros sobre a sua eficácia e prescrevem mais esses medicamentos.” Vera atribui o resultado também aos preços mais acessíveis. Segundo ela, o brasileiro está percebendo que não faz sentido pagar mais por um medicamento de marca quando pode adquirir produto igual por preço até 45% mais baixo. “A tendência é de aumentar a adesão”, afirmou a executiva.

No acumulado do ano, até agosto, foram vendidas 80,2 milhões de unidades de genéricos, crescimento de 35% ante as 59,4 milhões de igual período do ano passado. No mesmos períodos comparados, o faturamento com genéricos foi 49% maior, passando de US$ 187,5 milhões para US$ 280,8 milhões. A diretora, entretanto, não alterou a expectativa do segmento e trabalha com a perspectiva conservadora de deter 30% do volume do mercado brasileiro total somente no final de 2007.