A equipe do Hospital Pequeno Príncipe estará hoje (quinta-feira, 17) em Maringá, lançando na cidade a Campanha de Conscientização sobre fibrose cística. A doença é hereditária e não tem cura, mas, com o diagnóstico precoce e o tratamento adequado é possível dar qualidade e longevidade às crianças portadoras.
No ano passado, o Hospital desenvolveu a campanha em Curitiba e este ano está estendendo a ação para todo o Paraná. O objetivo é encontrar casos ainda não diagnosticados. "Como os sintomas são comuns a outras doenças pulmonares, muitas crianças têm o diagnóstico e tratamento inadequados", explica o médico coordenador da campanha, Paulo Kussek.
Em Maringá e outros quatro municípios do Paraná, uma equipe multidisciplinar do Pequeno Príncipe está fazendo palestra para profissionais da saúde e da educação, abordando o aspecto clínico, nutricional e psicológico do portador de Fibrose. A palestra será nesta quinta-feira, às 13h30, no auditório da Prefeitura. "
Além de orientar sobre a parte médica, a campanha tem o objetivo de promover a inclusão social dos portadores de FC, garantindo seus direitos", salienta Kussek. Segundo ele, os professores são fundamentais neste processo, pois podem ajudar a identificar novos casos e facilitar a convivência dos portadores com as demais crianças. A equipe já fez palestra em Ponta Grossa, Campina Grande do Sul e Cascavel.
As escolas estaduais e particulares de ensino infantil e fundamental e os estabelecimentos de saúde dos demais municípios do Paraná vão receber manuais e folders com informações sobre a doença. No total, o material atingirá 10 mil escolas e estabelecimentos de saúde.
Uma pesquisa realizada pelo médico Salmo Raskim aponta que no Paraná a incidência de Fibrose é de 1 para cada 6,8 mil crianças nascidas vivas. Com base nesse levantamento, estima-se que no Paraná existam aproximadamente 500 crianças com a doença.
Mas apenas 200, aproximadamente, fazem tratamento. "Do ano 2001 para cá, a Fibrose passou a ser triada pelo teste do pezinho. Mas acreditamos que muitas crianças que nasceram antes disso podem ter a doença, com diagnóstico errado", explica.
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