O Departamento Jurídico da Irmandade Santa Casa Monsenhor Guilherme, de Foz do Iguaçu, entrou sexta-feira com pedido de insolvência (autofalência) da instituição. Com isso, os bens poderão ser vendidos e o montante utilizado para quitar as dívidas com ações trabalhistas que chegam a R$ 16 milhões.
Segundo o porta-voz da irmandade, Edvino Borcknhagem, a insolvência da unidade só não ocorreu antes devido à permanência dos ex-funcionários no prédio. Cerca de 150 famílias acamparam na unidade depois que a Santa Casa foi fechada oficialmente, dia 2 de março.
De acordo com Edvino, todos os documentos da irmandade estão no prédio da Santa Casa e não podem ser retirados, o que dificultava o pedido de falência. A ação já foi entregue à 4ª Vara Cível da Justiça Estadual.
O pedido tomou por base o último parecer técnico elaborado pela Diretoria Financeira da instituição. “A análise da situação econômica e financeira da entidade é que a unidade está em completo estado falimentar, ou seja, total incapacidade de pagamento de suas dívidas no curto prazo”, explica Edvino.
A pretensão da irmandade é ver declarada judicialmente sua insolvência, com a conseqüente abertura do concurso de credores. Com isso será nomeado um administrador judicial.