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No Paraná, 80 % dos hospitais têm comissão de controle de infecção hospitalar

O Paraná conta, atualmente, com comissão de controle de infecção hospitalar (CCIH) em 406 dos seus 507 hospitais, um dos índices mais altos do país. O número, divulgado pela Secretaria da Saúde marca o Dia Nacional de Controle de Infecção Hospitalar, lembrado nesta segunda-feira (15). “A prevenção da infecção hospitalar diminui de maneira significativa a permanência do doente no hospital, o seu sofrimento e os custos na área da saúde”, afirma o secretário da Saúde, Cláudio Xavier.
Além de cursos de treinamento e capacitação para aperfeiçoar o controle da infecção hospitalar, a Secretaria implantou o Roteiro de Inspeção para Liberação da Licença Sanitária aos Estabelecimentos Hospitalares. Assim, nenhum hospital pode ser aberto no Estado se não tiver uma comissão de controle de infecção hospitalar.
Das comissões instaladas nos hospitais paranaenses, 245 são consideradas atuantes pelos critérios estabelecidos pela Vigilância Sanitária da Secretaria Estadual de Saúde. É considerada uma CCIH atuante aquela que realiza busca ativa, produz taxas associadas à infecção, realiza investigação epidemiológica de casos e surtos implantando medidas de controle, possui e supervisiona normas e rotinas, produz relatórios com indicadores epidemiológicos, conta com laboratório de microbiologia próprio ou terceirizado e é constituída de acordo com a portaria 2.616 de 12 de maio de 1998 do Ministério da Saúde.

Aumento

Em maio de 2004, apenas 328 hospitais tinham comissão de controle de infecção hospitalar e 164 tinham comissões de controle de infecção atuantes. Houve, portanto, de maio de 2004 a maio de 2006, salto de 60% para 80% no número de hospitais paranaenses com comissão de controle de infecção hospitalar. Além disso, funcionam no Estado 11 comissões regionais de controle de infecção em serviços de saúde (Creciss) e quatro comissões municipais de controle de infecções em serviço de saúde (Cmuciss).
Segundo a diretora da Vigilância Sanitária da Secretaria Estadual da Saúde, Suely Vidigal, a maioria das infecções hospitalares pode ser prevenida e o estabelecimento que faz o seu controle mantém bom conceito na comunidade. Das 22 Regionais de Saúde do Estado, em sete delas todos os hospitais possuem CCIH. É o caso da 3a Regional (com sede em Ponta Grossa, 20 hospitais), da 4.ª Regional (com sede em Irati, com sete hospitais), da 5a Regional (com sede em Guarapuava, 15 hospitais), da 6a Regional (com sede em União da Vitória, oito hospitais), da 7a Regional (com sede em Pato Branco, 12 hospitais), da 8a Regional, com sede em Francisco Beltrão, 24 hospitais), da 13a Regional (com sede em Cianorte, dez hospitais), da 17a Regional (com sede em Londrina, 35 hospitais) e da 21a Regional (com sede em Telêmaco Borba, sete hospitais).
Na 20.ª Regional de Saúde, com sede em Curitiba, 72 dos 75 hospitais possuem CCIH, sendo 67 atuantes. Na capital, a comissão funciona em todos os hospitais. “Mas não basta que o hospital tenha comissão de controle, é preciso que ela seja atuante”, enfatiza Suely Vidigal.

Evitada

Infecção hospitalar é toda infecção que a pessoa adquiriu ao se internar para tratar de uma doença ou quando fez algum exame. Algumas práticas ou situações podem causar ou facilitar a infecção, como o uso de material contaminado, o uso desnecessário de antibióticos, tempo prolongado de internação e falta de hábitos de higiene da equipe de saúde, dos pacientes e das visitas. Pacientes idosos, obesos, com diabetes, câncer ou outras doenças graves tem baixa resistência à infecção. Também crianças prematuras e com baixo peso estão expostas a ela.
A maior parte das infecções pode ser evitada com medidas de controle e mediante o trabalho da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar. Os micróbios que causam a infecção hospitalar podem estar nos alimentos, na água, nos materiais contaminados ou nas mãos da equipe de saúde, das visitas e no organismo do próprio paciente.
O número de infecções hospitalares, e das outras infecções também, pode ser reduzido em grande escala se for posto em prática um hábito simples de higiene: a lavagem das mãos. Profissionais de saúde, visitas, parentes, acompanhantes devem ter o cuidado de lavar bem as mãos para não servirem de veículos dos agentes de contaminação.
Se uma pessoa tiver que ser internada, deverá procurar, se possível, um hospital que tenha a Comissão de Controle de Infecção Hospitalar. Deverá seguir as recomendações de isolamento, sempre que elas forem indicadas. Também não é recomendável levar crianças aos hospitais para visitas, pois elas têm menos resistência às infecções.

Medidas

 

Algumas medidas são importantes para evitar a infecção hospitalar. A primeira delas é não tomar antibiótico sem receita médica. Ao visitar um doente no hospital, a pessoa não deve se sentar na cama dele. Não se deve compartilhar alimentos com pacientes ou levar comida ao hospital. Seringas e agulhas descartáveis não podem ser usadas mais de uma vez. No caso de cirurgia ou parto, não se deve raspar os pêlos em casa, pois raspar os pêlos muito antes aumenta o risco de infecção.
Dentro de um hospital, as pessoas devem lavar as mãos sempre: antes de cumprimentar ou tocar no paciente, antes de realizar qualquer procedimento no paciente, antes e depois de entrar no isolamento, depois de ir ao banheiro, se tocarem em secreções do paciente, e, no caso de mães, antes de amamentar o bebê.