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Oposição admite que novo imposto será aprovado

Apesar do novo adiamento da votação, os partidos da oposição na Câmara já admitiam ontem, nos bastidores, que o governo conseguirá aprovar a proposta de criação da CSS. Para isso são necessários 257 votos. Se passar na Câmara, seguirá para votação no Senado. O DEM já anunciou que recorrerá ao Supremo Tribunal Federal (STF) caso o projeto vire lei e entre em vigor. O partido questiona a possibilidade de uma contribuição como a CSS ser criada por meio de um Projeto de Lei Complementar e não por Proposta de Emenda Constitucional, como foi o caso da extinta CPMF.
Em reunião na manhã de ontem, líderes aliados ainda computavam dissidências e estimavam em torno de 270 votos a favor da proposta que cria a CSS. Alguns líderes falavam em 268 e outros em 280 votos. Os governistas pretendiam tentar aprovar o projeto, conhecido na linguagem parlamentar de substitutivo, no lugar da proposta já aprovada pelo Senado – que aumenta os repasses para a saúde, mas não prevê nova fonte de recursos para o setor.
O líder do PT, deputado Maurício Rands (PE), disse que há maioria na base para aprovar a proposta. ”Estou tranquilo. É claro que há defecções em todas as bancadas, mas a gente pode ter apoios isolados por influência da bancada da saúde e de governadores aliados e de oposição”, afirmou Rands.
Um foco de resistência está nos deputados que reclamam da demora na liberação de emendas parlamentares incluídas no Orçamento da União.
De acordo com um líder da base, há informação do Ministério da Saúde de que há dificuldades na liberação de emendas antes do dia 30 de junho, quando termina o prazo de repasses antes das eleições municipais.
Outro entrave está na pressão de empresários sobre os deputados. Um dos líderes aliados contou que os empresários estão reclamando porque a CSS significa a volta do controle das movimentações financeiras.