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Partidos já brigam por vagas no futuro governo

 

            A disputa pelo poder no provável segundo mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva já começou. O posto mais cobiçado é o do ministro da Fazenda, Guido Mantega. Identificado com a linha desenvolvimentista, Mantega tem sua permanência no cargo ameaçada por grupos políticos e financeiros ligados ao ex-ministro e deputado eleito Antonio Palocci (PT-SP).

 

            O movimento é uma resposta à formação de um cinturão em defesa de Mantega, que tem entre seus principais aliados a ministra da Casa Civil, Dilma Roussef.

 

            A maioria dos petistas não quer que a economia fique nas mãos de alguém mais afinado com a ortodoxia liberal, e que não seja um contraponto ao presidente do Banco Central, Henrique Meirelles. Além de Dilma, integram esse grupo o governador eleito da Bahia, Jaques Wagner, e o ministro das Relações Institucionais, Tarso Genro.

 

            Wagner faz questão de retirar do circuito um dos cotados: – O lugar do Sérgio Gabrielli é na presidência da Petrobrás – afirma Wagner.

 

            O presidente não tem falado em nomes, mas isso não impede a corrida pelos cargos. O PT paulista quer a ex-prefeita de São Paulo Marta Suplicy no Ministério das Cidades. O PSB quer o ex-ministro e deputado eleito Ciro Gomes (CE) no Ministério da Saúde. O governador do Acre, Jorge Viana (PT), deve ser um dos futuros ministros.

 

            O PMDB quer comandar as presidências do Senado e da Câmara.

 

            Argumenta que tem direito por ter as maiores bancadas.

 

            O senador Renan Calheiros (PMDB-AL) é candidato à reeleição.

 

            Na Câmara, estão cotados o ex-líder Geddel Vieira Lima (BA) e o ex-ministro das Comunicações Eunício Oliveira (CE). O partido espera que, num governo de coalizão, tenha entre quatro e seis ministérios, o suficiente para assegurar apoio de pelo menos 85% da bancada ao governo.

 

            O presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PCdoB), quer a reeleição, mas pode assumir um ministério, caso não haja acordo com o PMDB.

 

            Um dos cargos mais cobiçados é o do ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, que não dá mostras de que tenha revisto sua posição de sair do governo em dezembro. O atual ministro das Relações Institucionais, Tarso Genro, é forte candidato para a vaga. O expresidente do STF Nelson Jobim também.

 

O PT gostaria que o atual ministro da Educação, Fernando Haddad, ficasse, mas a pasta pode entrar na negociação política. Lula quer ter na equipe nomes da sociedade. Uma das pastas que deve ser preenchida com esse critério é a da Agricultura. Nesse caso, a escolha será influenciada pelo governador reeleito do Mato Grosso, Blairo Maggi.