O Hospital Universitário (HU) de Londrina, no Norte do Paraná, está atendendo apenas casos de emergência, desde a tarde de terça-feira (18), por causa da superlotação. De acordo com o telejornal Bom Dia Paraná, da RPC TV, o pronto-socorro do maior hospital público da região Norte está praticamente com o dobro da capacidade de pacientes.
Além dos 26 leitos ocupados, outras 22 pessoas estão internadas em corredores e até em consultórios médicos, alojados em cadeiras, bancos e macas, inclusive do Siate. Além disso, faltam vagas em Unidades de Terapia Intensiva (UTI). Quatro pacientes em estado grave aguardam transferência para UTIs na terça-feira. Na manhã desta quarta-feira, a situação da lotação no hospital era a mesma.
Maria Gomes, de 60 anos, tem uma grave infecção e está em uma sala para atendimentos de urgência desde a segunda-feira, a espera de transferência para a terapia intensiva. “Acho que tem que ser mais rápido. É uma vida, né?”, disse Sidnéia Gomes, filha da paciente, ao Bom Dia Paraná. “Preocupa bastante”, resume ela.
Como o HU está em reformas, os transtornos são ainda maiores. Em razão das obras, o número de leitos foi reduzido e, sem ter onde colocar mais pacientes, vários setores do pronto-socorro suspenderam desde a tarde de terça-feira a entrada de novos doentes. Atendimentos, só para casos de emergência trazidos por ambulâncias do Samu e do Siate.
“O sistema de urgência e emergência no Brasil passa por esse problema. São picos de incidência, e esperamos que em 24 a 48 horas a gente consiga reorganizar a casa e manter o atendimento referenciado com a classificação de risco para a procura direta”, afirmou Vivian Feijó, chefe de enfermagem do pronto-socorro do HU.
Até que a situação volte ao normal, Vivian orienta população a procurar as Unidades Básicas de Saúde (UBS).