Um monitoramento do Ministério da Saúde (MS) apontou que o fornecimento de oxigênio medicinal está “preocupante” em seis estados e em “estado de atenção” em outros sete em meio ao agravamento da pandemia da Covid-19 no país. A situação foi relatada por um assessor do Departamento de Logística da pasta em reunião na segunda-feira (22/3), com a Procuradoria Geral da República (PGR).
Na videoconferência, o general Ridauto Fernandes, diretor de Logística do ministério, disse que há risco de falta do insumo no Acre, em Rondônia, no Mato Grosso, no Amapá, no Ceará e no Rio Grande do Norte. Além disso, afirmou que o Pará, a Bahia, Minas Gerais, São Paulo, o Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul estão em “estado de atenção”.
De acordo com a PGR, o assessor ainda apontou que o governo federal estuda incluir os motoristas de empresas de gases medicinais como grupo prioritário da vacinação contra o novo coronavírus. A demanda é reivindicada pelas fabricantes.
Indústria
A multinacional White Martins também participou na reunião, na qual teria informado um aumento de até 300% na demanda em algumas localidades. A empresa criticou liminares que determinam a entrega de quantidades do produto sem considerar a situação do setor têm desorganizado a logística e trazem “risco de desabastecimento em grandes hospitais”.
A escassez de oxigênio tem preocupado estados e municípios. Na segunda-feira, Paraná indicou necessitar de mil cilindros para dar conta da demanda, enquanto, na sexta-feira (19/3), um levantamento apontou que 54 municípios paulistas estão com “estoque crítico” de oxigênio.
Em audiência pública no Senado na quinta-feira passada (18/3), o general Ridauto já havia admitido que o país está com risco iminente de desabastecimento em municípios do interior e alguns estados, que dependem principalmente de cilindros, por não terem estrutura para armazenar o produto em estado líquido.
Leia na íntegra no Bem Paraná.