O número de leitos destinados a outras emergências que acabaram remanejados para receber pacientes com Covid-19 em hospitais do Paraná saltou de 200, em novembro de 2020, para 821 em março no SUS, mostra uma reportagem da Gazeta do Povo.
Na rede privada, o número de pacientes com a doença acomodados em leitos não-Covid chegou a 855 no dia 30 de março, diz a matéria — destacando que a ocupação de leitos reservados representa um risco sanitário.
Em entrevista ao jornal, o presidente do Sindipar, Flaviano Ventorim, explicou que, mesmo com os remanejamentos, os hospitais não tiveram capacidade para atender à demanda causada pela pandemia de coronavírus em Curitiba.
“A Covid-19 não mata por si só. Ela vai ocupando os espaços das instituições de saúde que outras doenças ocupavam. Alguns hospitais tiveram todos os leitos de UTI ocupados por Covid, ou tiveram todos os equipamentos e monitores dedicados a isso. [O hospital] tem que fazer uma mágica caso chegue algum [paciente com] infarto ou AVC para atender. Isso também foi motivo para que alguns hospitais avisassem as restrições de atendimento. É uma questão de responsabilidade”, explicou Ventorim.
Ouvido pela reportagem, o médico infectologista Jaime Rocha aponta que a redução de leitos regulares ocupados por pacientes de Covid-19 na rede SUS em abril indica uma interrupção do agravamento do cenário, mas é cedo para se falar em melhora, já que o afrouxamento de restrições pode causar uma reversão na tendência.
Leia a reportagem completa de Amanda Milléo no site da Gazeta do Povo.