Na assembleia realizada na noite de 25 de maio, conduzida pelo Sindesc, os empregados em estabelecimentos de serviços de saúde de Curitiba e Região recusaram a proposta apresentada pela classe patronal e decidiram fazer movimento grevista a partir de 7 de junho. O Sindesc, sindicato obreiro, protocolou na tarde desta sexta-feira, 27, no Sindipar (Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde do Paraná) o comunicado com a decisão da recusa os índices e valores apresentados e a opção pela paralisação.
O Sindipar marcou para terça-feira, 31, a realização de nova Assembleia Geral Extraordinária para avaliar os desdobramentos da posição firmada pela classe obreira, considerando que a última proposta deliberada, com recomposição salarial em percentual superior aos índices inflacionários, estava no “limite extremo da capacidade das empresas”, como indicaram os seus representantes. As reivindicações, que incluem reajustes de 28% nos pisos e INPC mais aumento real de 10% nos salários, além de auxílio alimentação de R$ 250, tinham sido consideradas “irreais” para o atual estádio financeiro vivido pelas empresas de saúde.
O departamento jurídico do Sindipar informa que estará sendo passada a convocação para a retomada da AGE, na terça-feira, sendo de fundamental importância a participação dos representantes da classe patronal para definir as medidas a serem adotadas, tanto jurídicas como administrativas, face ao entendimento prevalente de que não haverá acordo consensual para celebração da Convenção Coletiva de Trabalho de 2011/2012, dentro das circunstâncias atuais.
De acordo com dirigentes hospitalares, a valorização do quadro pessoal é relevante para todos, mas que, ante as dificuldades na recomposição dos valores dos serviços prestados nos sistema público e suplementar, promover ganhos reais nos patamares pleiteados decretaria a insolvência da maioria das empresas, a inviabilidade econômica ou o corte de postos de trabalho.
Em caso de dúvida, consulte o Sindipar.
Confira notícia do Site do Sindesc, com prenúncio de greve
(www.sindesc.com)
“Trabalhadores lotaram assembleia reprovando a contraproposta dos patrões”
Cerca de 17 mil trabalhadores da saúde de Curitiba e Região irão cruzar os braços a partir do dia 07/05/2011 em todos os estabelecimentos de saúde, particulares e filantrópicos.
Trabalhadores lotaram a assembleia realizada pelo SINDESC, Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde de Curitiba e Região, na última quarta-feira, dia 25, e votaram por unanimidade para a paralisação geral, pois não aceitam somente reposição inflacionária, proposta pelos patrões.
A próxima assembleia esta marcada para segunda-feira, dia 6 de junho, na qual será realizada a organização para a greve, que inicia oficialmente terça-feira, dia 07/05, em todos os estabelecimentos de saúde.
Durante a semana que antecede a greve, o SINDESC fará piquetes em frente às principais empresas de saúde da cidade para mobilizar a categoria e realizar a preparação para a greve.
A categoria pede reajustes de 28% nos pisos, INPC mais aumento real de 10% sobre os salários, auxílio alimentação de R$ 250,00, auxílio odontológico e seguro de vida, adicional de insalubridade com base de cálculo de R$ 737,00. Luta também para a conquista da jornada de 40h semanais para os setores administrativos e 30h para enfermagem. Estas são algumas das reivindicações presentes na pauta encaminhada ao sindicato patronal. A categoria exige também maior número de contratações nos hospitais para garantir mais qualidade nos atendimentos à sociedade e trabalho digno.
Tais reivindicações são válidas para trabalhadores em clínicas, hospitais, consultórios, ambulatórios, laboratórios, planos de saúde e resgates médicos. A categoria está mobilizada e disposta a enfrentar até onde for preciso por melhor condição de salário e trabalho.
Isabel Cristina Gonçalves, presidente do SINDESC, afirma que os serviços de saúde serão garantidos conforme a lei de greve: “Manteremos um pronto-socorro aberto e não permitiremos que as empresas imputem esta responsabilidade à categoria, pois eles são os únicos responsáveis por esta greve acontecer, pois radicalizaram em salários baixos que desqualificam a nossa categoria. Apenas queremos salários e condições de trabalho dignos para quem cuida das vidas da nossa sociedade” diz.