A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) divulgou na última semana, os resultados da 2ª fase do Programa de Qualificação da Saúde Suplementar. A divulgação foi realizada pelo Diretor-Presidente da Agência, Fausto Pereira dos Santos, e pelo Diretor de Gestão, Gilson Caleman, durante a 44ª reunião da Câmara de Saúde Suplementar, o órgão consultivo da ANS que reúne representantes de todos os integrantes do setor (operadoras de planos de saúde, prestadores de serviços de saúde e beneficiários).
No total, a ANS pontuou 906, de um total de 2.048 operadoras de planos de saúde. As operadoras estão nominalmente catalogadas por modalidade e porte, em ordem alfabética, nesta 2ª fase de avaliação do IDSS – Índice de Desempenho da Saúde Suplementar da ANS. A Agência, que regula e fiscaliza o setor de planos de saúde, trabalhou com duas listas, uma contendo 906 operadoras qualificadas e outra com 1.108 operadoras que receberam IDSS zero por não enviarem dados à ANS ou por terem encaminhado informações inconsistentes aos sistemas da Agência. Estas operadoras podem e devem entrar em contato com a Agência para atualizar as suas bases de dados. Com isso, poderão estar incluídas na próxima fase.
Desta vez, a ANS considerou para o cálculo final do IDSS um total de 41 indicadores, enquanto na primeira fase, anunciada em maio de 2005, foram trabalhados 23 indicadores e não foi divulgado o nome das empresas. O processo continua, com a previsão de que na próxima fase já serão 58 indicadores.
As 906 operadoras de planos de saúde qualificadas pelo IDSS atendem a 34 milhões 296 mil usuários, 80% do total de 42 milhões de beneficiários do sistema de saúde suplementar no Brasil. Das 2.048 operadoras cadastradas na ANS apenas 34 não estão listadas por serem apenas administradoras, sem beneficiários.
A 2ª fase da qualificação é medida com o IDSS variando de 0 a 1, estando as operadoras divididas em quatro faixas: de 0 a 0,25; 0,25 a 0,50; 0,50 a 0,75 e de 0,75 a 1,0. A ANS espera que as operadoras alcancem pontuação 1,0, que é a situação ideal. A avaliação de desempenho considera a atenção à saúde como o critério de maior peso (50%). O equilíbrio econômico-financeiro vem em segundo lugar (30%), seguido de estrutura e operação (10%) e satisfação do beneficiário (10%).
As operadoras estão listadas por modalidade (empresas organizadas como cooperativas médicas, autogestões, instituições filantrópicas, medicina de grupo, seguradoras, odontologia de grupo e cooperativa odontológica) e porte (de 1 a 9.999 usuários, de 10 mil a 99.999 e mais de 100 mil). As empresas exclusivamente odontológicas têm portes subdivididos em faixas que vão de 1 a 4.999 usuários, de 5 mil a 19.999 e as que tem acima de 20 mil usuários.
A Agência Nacional de Saúde Suplementar está comprometida em trazer cada vez mais qualidade para o processo de regulação do setor dos planos de saúde privados, através da Política de Qualificação da Saúde Suplementar. A principal ferramenta desta política é o Programa de Qualificação, implantado em dezembro de 2004, que tem por objetivos:
– Incentivar as operadoras de Planos de Saúde a atuarem como gestoras de saúde, promovendo, prevenindo e recuperando a saúde de seus beneficiários
– Estimular os profissionais de saúde e prestadores de serviços em gerala um atendimento integral ao beneficiário (articulando diferentes saberes e tecnologias, caso a caso)
– Conscientizar os beneficiários a desenvolverem consciência sanitária para prevenção de doenças e promoção da saúde.
Para confirir os resultados da 2ª fase do Programa de Qualificação no site da ANS (www.ans.gov.br).