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Banco de Olhos do Hospital Universitário de Londrina completa cinco anos com captação recorde

Com cinco anos de funcionamento recém completados, o Banco de Olhos do Hospital Universitário (HU), da Universidade Estadual de Londrina, bateu seu recorde de doações recebidas no período de um ano. O aumento em 72% registrado em 2015 – em relação a 2014 – veio após uma mudança no sistema de captação e transporte dos tecidos recebidos para transplante.

Inaugurado em abril de 2011, o Banco colocou em prática, há dois anos, um plano para aumentar a eficiência do serviço prestado. Assim, foram promovidos treinamentos para enfermeiros e profissionais de saúde para qualificar na coleta do tecido. A ideia era treinar o maior número possível de pessoas para realizar a coleta da córnea na região de Londrina.

BANCO – O Banco de Olhos do HU atende hoje cerca de 90 municípios da região, sendo o único banco público do Paraná. Os treinamentos atenderam pessoas de cidades e instituições de referência em toda a região, formando uma rede de cerca de 40 profissionais capacitados. 

“Com os treinamentos de pessoal, evitou-se um deslocamento excessivo da equipe do HU. Assim, o Banco conseguiu focar seu trabalho no recebimento e processamento do tecido, aumentando substancialmente o potencial de captação do centro”, relata o farmacêutico Fernando Carneiro, coordenador administrativo do Banco.

Segundo Fernando, esses esforços fizeram com que o tempo de espera para ter uma córnea transplantada chegasse a cerca de três meses – no passado, a espera na região se estendia a até dois anos. 

Além de encurtar a fila do transplante, a melhora no transporte do material foi mais uma conquista dos últimos anos. Com uma logística ágil, a qualidade do tecido doado é mais bem preservada. “O banco tem a responsabilidade de oferecer uma córnea de qualidade”, explica a oftalmologista responsável, Paula Oguido.

A médica conta ainda que houve um aumento também na demanda: antes, se incluía dois pacientes por semana na lista de espera, que hoje passou a receber sete novos nomes todo dia. Segundo ela, o aumento da capacidade do Banco foi fundamental para manter a assistência aos pacientes da região e ainda diminuir o tempo de espera.

Em 2016, o serviço registrou 51 doações de córnea no primeiro trimestre.