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Hospitais do Espírito Santo ameaçam usuário da Unimed

Dez hospitais particulares da Grande Vitória acusam a Unimed Vitória de não reajustar os valores de diárias de leitos, medicamentos e próteses, e ameaçam suspender o atendimento aos usuários do plano de saúde nos próximos dias.
Os dirigentes alegam que estão tendo um prejuízo médio mensal de R$ 1 milhão devido à defasagem das taxas repassadas pela Unimed às instituições que, juntas, atendem a cerca de 200 mil usuários do plano na Grande Vitória.
A Unimed Vitória, segundo sua assessoria de imprensa, afirmou que só irá se pronunciar sobre o assunto após manifestação do Ministério Público.
A diretoria da cooperativa médica diz que ficou surpresa com o movimento desencadeado pelos hospitais, “porque garante sempre ter dado encaminhamentos adequados às reivindicações dos seus prestadores de serviço e fornecedores”.
Dossiê
Ontem, dirigentes dos hospitais de Vitória (Santa Rita, Santa Úrsula, Santa Paula e Associação dos Servidores Públicos do Espírito Santo); Vila Velha (Praia da Costa); Cariacica (São Luiz, Meridional e São Francisco); e Serra (Metropolitano e Vitória Apart) entregaram um dossiê de 310 páginas ao promotor de Justiça da Defesa do Consumidor Fábio Vello.
O documento contém as planilhas de custo que, segundo o Sindicato dos Estabelecimentos de Saúde do Espírito Santo, comprovam o desequilíbrio contratual.
O presidente do sindicato, Arlindo Borges Pereira, informou que, há seis meses, a entidade tenta sem sucesso negociar com a Unimed.
Juntos, todos os contratos de prestação de serviço dos hospitais com o plano de saúde somam R$ 2,5 milhões por mês. O valor representa 30% a menos do necessário. “Estamos procurando o auxílio do Ministério Público para intermediar a situação”, comentou Borges.
Ele acrescenta que, em 60 dias, os hospitais poderão fazer a rescisão contratual, prevista legalmente no contrato.
Após a reunião, o promotor Fábio Vello disse que tomará providências e convocará os diretores da Unimed em audiência com o Procon antes de tomar alguma decisão.
Vello, no entanto, adiantou que nem os hospitais nem a Unimed têm o direito de rescindir o contrato de prestação de serviço, o que reduziria as opções de atendimento dos usuários do plano de saúde.
“O reajuste de contrato, se houver, também não poderá ser repassado para o consumidor, a não ser que seja autorizado pela Agência Nacional de Saúde”, disse o promotor. (A Gazeta)