A Associação Médica Brasileira e o Conselho Federal de Medicina devem lançar, nos próximos meses, um manual de solicitação de exames complementares, elaborado desde março de 2005 com a contribuição das Sociedades Brasileiras de Especialidade. Um dos principais objetivos é padronizar a nomenclatura a ser utilizada nos pedidos de exames, definindo uma terminologia comum e científica.
Outra proposta é apontar os exames defasados, que não devem mais serem prescritos, e os mais modernos, cuja utilização trará benefícios comprovados aos pacientes. Além disso, o manual tratará das drogas que interferem no resultado dos exames.
"Pretendemos, ainda, oferecer um instrumento de atualização para os médicos das mais diversas especialidades, que saberão como deve chegar um determinado pedido ao laboratório ou à clínica de diagnóstico", explica um dos coordenadores do manual, Carlos David Bichara, presidente da regional paraense da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial e diretor cultural da AMB.
Segundo o outro coordenador, Gerson Zafalon Martins, 2.º secretário do CFM, o manual explicará como as requisições podem ser feitas de forma clara, precisa e objetiva. "Após o nome do exame e a nomenclatura a ser empregada no pedido, haverá um comentário, abrangendo sua finalidade, informações úteis à sua interpretação e uma bibliografia básica para os que desejem se aprofundar", descreve. Para ele, "este manual será útil à formação e ao treinamento de todos os médicos nesta ciência que é a prescrição de exames".
Os elaboradores afirmam que 90% das entidades envolvidas já enviaram suas contribuições. O lançamento do trabalho está inicialmente previsto para o mês de setembro, durante o II Encontro Nacional dos Conselhos de Medicina do Ano 2006, em Manaus (AM).