O Brasil passou a ter, a partir de sexta-feira, uma rede pública de bancos de armazenamento de sangue de cordão umbilical e placentário, para atendimento de pacientes que necessitam de células-tronco e aguardam transplantes de medula óssea. O programa BrasilCord foi iniciado oficialmente, em São Paulo, com assinatura do convênio entre o Ministério da Saúde e o Hospital Israelita Albert Einstein.
No Brasil há atualmente 2.500 indicações anuais para transplante de medula óssea, das quais 1.500 não encontram um doador com laços de parentesco e compatibilidade genética, segundo o ministério. Com a rede BrasilCord, a espera por transplante de medula óssea cairá de seis meses para quarenta dias, o que beneficiará principalmente as pessoas acometidas de leucemia.
O transplante de células de sangue retirado dos cordões é mais eficaz, eficiente e barato para o Sistema Nacional de Transplantes do que o método tradicional, que usa medula óssea. Esse sangue contém células-tronco hematopoiéticas adultas – com mais de 12 semanas de formação – que originam todas as células do sangue humano e são as mesmas encontradas e retiradas da medula óssea.
A rede abrangerá cinco regiões, com unidades em Belém, Belo Horizonte, Brasília, Campinas, Curitiba, Porto Alegre, Recife, Ribeirão Preto (SP), Rio e São Paulo.