Agentes da Polícia Federal prenderam nessa quarta-feira (26), em São José do Rio Preto (SP), cinco pessoas suspeitas de participarem de uma quadrilha especializada no tráfico internacional de medicamentos comercializados no mercado brasileiro com tarja-preta. Esses remédios só podem ser prescritos sob controle das autoridades sanitárias. Os produtos vendidos pela internet eram despachados pela quadrilha pelos Correios para clientes no mundo todo, sobretudo Estados Unidos.
Outras duas pessoas acusadas de integrarem o bando foram presas em Chuí (RS), na divisa com o Uruguai. No estado da Georgia, nos Estados Unidos, agentes da Drug Enforcement Administration (DEA), a agência norte-americana especializada no combate ao tráfico de entorpecentes, prenderam outro cidadão de Rio Preto, também suspeito de ter ligação com a quadrilha. Essa pessoa tem cidadania americana e a Polícia Federal procura agora formas de pedir sua extradição para o Brasil.
A PF não divulgou os nomes de todos os presos, alegando que o caso corre em segredo de Justiça. As oito prisões foram resultado da operação batizada como Tráfico.Com, inspirado na forma usada pela quadrilha para vender os entorpecentes. Todos os detidos vão responder a processo por tráfico internacional de drogas e formação de quadrilha.
Segundo a PF, os remédios vendidos pela internet eram utilizados pelo público jovem junto com bebidas alcoólicas em festas. Alguns dos medicamentos apreendidos podem causar efeitos similares aos da heroína. O suposto líder da quadrilha seria o estudante Alessandro Fávaro, 24 anos, foi preso em flagrante junto com sua namorada em sua mansão no condomínio de luxo Recanto Real, em São José do Rio Preto.