Após inúmeras tentativas de contato por parte da Associação Nacional dos Médicos Residentes, o ministro da Educação, Fernando Haddad, ligou para o secretário de Ensino Médico da ANMR, Cassiano Morais, no dia 11, para informar que ainda não há consenso no governo sobre o reajuste da bolsa-auxílio.
De acordo com Haddad, o Ministério da Saúde prefere um aumento do número de bolsas ao reajuste do valor atual. O secretário de Ensino Superior, Nelson Maculan, ficou responsável por elaborar novas propostas, dentro de dez dias, para dar continuidade à discussão.
O ministro disse também acreditar que, havendo um entendimento, é viável a aprovação do reajuste ainda para este ano por meio de uma Medida Provisória, que "não enfrentaria resistência no Congresso".
"Não estamos pedindo aumento, e sim um reajuste referente à inflação acumulada entre 2001 e 2006. O Ministério da Educação tem se preocupado apenas com números, esquecendo o investimento na saúde do povo brasileiro. Os residentes serão os futuros especialistas do setor público, logo investir na residência é investir na qualificação do atendimento", ressalta o presidente da ANMR, Diogo Sampaio.
Parlamentares favoráveis ao movimento dos residentes tentam agendar para esta semana uma audiência com a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff. As Associações Estaduais e a diretoria da ANMR não descartam a possibilidade de uma paralisação nacional. "Os residentes não agüentam mais. Vamos levar essa discussão aos hospitais", diz o diretor de Finanças da ANMR, Daniel Pereira.
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