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Segurança na assistência é tema da Hospital Business 2008

 

A segurança na assistência à saúde – grande ponto de preocupação de prestadores e pacientes, tendo em vista o padrão de qualidade e o aumento dos custos em saúde – será tema de discussão durante a 15ª edição do Hospital Business do Rio de Janeiro. Promovido pela Associação de Hospitais e Clínicas do Rio de Janeiro (AHCRJ), Federação dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde do Estado (FEHERJ) e Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde do Estado (SINDHERJ), com patrocínio da Amil, o evento irá discutir assuntos que influenciam a segurança dos procedimentos, como a inclusão digital, a contratualização entre prestadores e operadoras e acreditação. Para o presidente do Congresso, Dr. Guilherme Xavier Jaccoud, os temas abordados nesta edição apresentam grande ênfase à segurança de processos em assistência à saúde, sempre buscando melhorar a qualidade desta atividade e adequando custos à realidade do segmento de saúde. O Hospital Business, que reúne feira de negócios e o congresso científico, acontece entre os dias 14 e 16 de outubro, no Rio Cidade Nova e deve receber entre 1.500 e 2 mil participantes durante os três dias de programação.

 

 

P&P – O tema do Congresso deste ano é sobre a segurança na assistência à saúde. Como o sr. qualifica a segurança nos processos hoje?

 

Dr. Guilherme Jaccoud – A preocupação com a segurança na assistência à saúde tornou-se maior nos últimos anos a partir de dados epidemiológicos e estatísticos, que evidenciaram que muitos processos relacionados à utilização de medicamentos, equipamentos e até mesmo condutas médicas sem conformidades estavam concorrendo para aumentar, desnecessariamente, a morbidade e insucesso no tratamento de alguns pacientes.

 

 

P&P – A adaptação da saúde às novidades da era digital garante mais segurança? De que forma?

 

Dr. Guilherme Jaccoud – Certamente. O desenvolvimento de programas na área de T.I. vem contribuindo bastante no controle dos processos, incluindo, por exemplo, prescrição e interação medicamentosa, reduzindo efeitos adversos.

 

 

P&P – A era digital tem transformado também os pacientes? O sr. diria que eles estão mais exigentes quanto ao serviço que recebem das instituições e prestadores de saúde?

 

Dr. Guilherme Jaccoud – É cada vez mais freqüente os pacientes chegarem ao consultório do médico ou ao hospital com excelente nível de informação sobre patologias e seus direitos enquanto consumidores. Tudo isso é fruto do acesso à Internet e a sites de busca.

 

 

P&P – Ao falar de qualidade, nos remetemos aos processos de acreditação concedidos aos hospitais. O que o selo significa é uma cobrança hoje só da competitividade do mercado ou também dos clientes?

 

Dr. Guilherme Jaccoud – Entendo que a acreditação dos hospitais é uma realidade e vai se tornar uma importante ferramenta mercadológica. Obviamente que os pacientes, cientes desta qualificação, darão preferência às unidades que aderirem ao modelo, já que isso significa maior segurança na assistência médica.

 

 

P&P – E a acreditação das operadoras de planos de saúde? É um passo realmente necessário?

 

Dr. Guilherme Jaccoud – As operadoras já há muito tempo estão envolvidas em programas de aprimoramento de processos. Claro que ainda há muito por fazer, mas é equivocada a visão de que estas empresas não estão preocupadas com a qualidade da assistência prestada aos seus clientes.

 

 

P&P – Como esta exigência de qualidade das operadoras deve refletir na rede credenciada ou verticalizada?

 

Dr. Guilherme Jaccoud – Obviamente que as operadoras também vão exigir que seus prestadores se adaptem a modelos de acreditação e melhoria da qualidade. Esta é uma tendência que busca dois objetivos principais: segurança e produtividade, já que prestadores qualificados estão mais comprometidos com o resultado final (eficácia), vão gerar economia e satisfação do cliente com menores litígios judiciais, que também agravam custos e arranham a imagem da operadora.