O presidente da Unimed do Brasil, Celso Barros, diz que o reajuste de 8,89% para os planos de saúde novos, anunciado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), não cobre a “inflação médica”. Para ele, o índice deveria se aproximar de 16% para compensar os aumentos de custos médico-hospitalares e com materiais de saúde, que teriam sido superiores a 20% nos últimos 12 meses.
Na opinião de Celso Barros, a ANS deveria utilizar as planilhas de custos de cada plano de saúde e autorizar reajustes de acordo com esses números, não-lineares.
– Cada operadora tem seus próprios números, decorrentes de suas atividades. Por isso, um índice igual para todas não reflete a realidade do mercado – afirma.
Em 2005, o índice de 11,69% foi considerado um início do processo de recuperação dos valores dos planos de saúde. Na época, Celso Barros disse que essa recomposição de preços seria fundamental para a saúde financeira das empresas de planos de saúde.
O Sistema Unimed é composto por 376 cooperativas médicas e quase 100 mil médicos, que atendem a cerca de 12 milhões de pessoas. O grupo tem aproximadamente 33% do mercado brasileiro.