Em nota distribuída na quinta-feira (17/06) pela assessoria de imprensa, a prefeitura afirma que já fechou acordo com 44 dos 56 prestadores que tinham crédito a receber por serviços efetuados entre outubro e novembro de 2003 e em fevereiro deste ano. Entre os prestadores com os quais a prefeitura já fechou acordo está o Instituto de Oncologia e Hemoterapia. A dívida com o Hospital do Câncer estava próximo de R$ 1 milhão e foi parcelada em 20 vezes.
A prefeitura, segundo a nota, deve cerca de R$ 4 milhões a alguns hospitais e este débito está sendo alvo de negociações. O prefeito João Ivo Caleffi (PT), ainda conforme a nota, sempre esteve aberto ao diálogo com os prestadores de serviços ao SUS, mas insiste que toda e qualquer negociação em torno da dívida que o município reconhece como legítima tem que se dar nas mesmas bases em que foram feitos os 44 acordos.
“Não tem sentido tratarmos diferentemente os prestadores”, justifica o prefeito, lembrando que do início de 2004 para cá o município tem mantido em dias as faturas com todos os hospitais conveniados.
A nota contesta informação prestada pelo Sindicato de Hospitais, publicada na edição de ontem de O DIÁRIO, de que existe nova denúncia no Ministério Público Federal (MPF) contra o não pagamento. O que existe, ressalta a assessoria de imprensa, é apenas mais uma reclamação, via ofício, feita pelo órgão classista ao procurador da República, Carlos Alberto Sztoltz, “que nada acrescenta aos fatos sobejamente conhecidos”.
‘OMISSÃO’
Segundo a mesma nota, seria de bom alvitre que os hospitais que ora polemizam uma questão que, conforme a prefeitura, já poderia estar solucionada, não omitissem dados importantes como o do pagamento em dia dos serviços prestados a partir de janeiro desse ano e o da recusa deles em aceitar o parcelamento feito com a esmagadora maioria dos prestadores.
A informação dos pagamentos em dia a partir de janeiro foi dada à reportagem pelo presidente do sindicato, Antonio Pascoal Ghizoni. A informação não entrou na matéria por decisão da Redação. O texto deixa claro que o pagamento reclamado pelos prestadores é referente a outubro-novembro de 2003 e fevereiro de 2004.
A nota oficial afirma também que é questão de bom senso reconhecer os avanços da saúde pública em Maringá e a vontade política do Governo Popular em zerar as pendências ainda existentes. “O prefeito reafirma sua disposição para o entendimento, mas deixa claro que nada o fará fechar acordos que prejudiquem o interessem público”.