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Gestores discutem saída para crise das Santas Casas e hospitais filantrópicos

Cerca de 50 gestores de Santas Casas de Misericórdia e hospitais filantrópicos paranaenses se reuniram nessa terça-feira (04/04), em Curitiba, com o presidente da Confederação Nacional das Santas Casas de Misericórdia, Hospitais e Entidades Filantrópicas (CMB), Antônio Brito, e o presidente da Federação das Santas Casas de Misericórdia e Hospitais Beneficentes do Paraná (Femipa), Charles London. Em pauta o debate sobre a situação do setor, no estado e no país – onde há um déficit de R$ 1,5 bilhão.
Na reunião, Brito apresentou as medidas que estão sendo negociadas com o governo federal para reverter o quadro permanente de crise. “É impossível fazer uma boa administração hospitalar tendo que gerenciar uma crise o tempo todo”, diz.

 

De acordo com a CMB e a Femipa, os principais problemas enfrentados pelas instituições são a falta de uma gestão profissionalizada e contínua, a obrigatoriedade de atender cerca de 60% dos pacientes pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e principalmente e defasagem de 40% da tabela do SUS.
“Dois reais e quatro centavos por uma consulta é muito pouco, não tem gestão que dê jeito de administrar um hospital assim”, afirma Brito. Segundo a CMB, nos últimos 6 anos, a tabela do SUS foi reajustada em 37%, mas a inflação nos hospitais teria sido de 366%.
Segundo dados da Femipa, cerca de cem hospitais filantrópicos fecharam as portas na última década. E se nada for feito, a situação pode se agravar. “A situação nunca esteve boa, mas agora está ainda pior”, declara London. O país todo conta com 2,1 mil instituições filantrópicas. No Paraná são 83. “Todos em crise permanente”, comenta London.

Reivindicações

 

• R$ 200 milhões para aporte emergencial. Foram concedidos R$ 80 milhões em programa de contratualização, ou seja, mediante contrato específico com cada instituição. No Paraná, 34 instituições receberam no total R$ 3 milhões. Mais R$ 120 milhões ainda precisam ser liberados.

• 40% de reajuste na tabela do SUS, o que, por enquanto, não não há previsão de ocorrer.

• Negociação do critério de filantropia, que exige o atendimento de 60% dos pacientes pelo SUS.

• Volta dos empréstimos subsidiados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

• Parcelamento do débito das entidades com a Previdência Social.

 

Fontes: CMB e Femipa.