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Adib Jatene destaca desigualdade de investimento entre saúde pública e particular

Na cerimônia de assinatura do decreto presidencial que abre a possibilidade de hospitais particulares realizarem projetos de apoio ao Sistema Único de Saúde (SUS), o diretor-geral do Hospital do Coração, Adib Jatene, destacou a incapacidade, nas últimas décadas, do sistema público em acompanhar a evolução tecnológica na área de saúde.
No Palácio do Planalto, Jatene citou, por exemplo, que o sistema suplementar investe R$ 1.200 per capita por ano contra menos de R$ 200 per capita da rede pública. “Por contingências, o Poder Público perdeu a capacidade de oferecer este plus e ele luta para manter o custeio. Felizmente, os hospitais filantrópicos sustentaram essa incorporação tecnológica porque se utilizam do sistema de saúde suplementar que dispõe de um volume de recursos significativamente maior”, disse o médico ao enfatizar que falava como representante dos hospitais e casas de misericórdia do país.
O governo federal criou mais uma forma de as instituições de saúde serem consideradas filantrópicas. Regulamentado por decreto, os grandes hospitais do país, que não são considerados filantrópicos, poderão realizar projetos de apoio ao Sistema Único de Saúde (SUS) e receber o status de instituição filantrópica.
Atualmente, existem duas formas de uma entidade receber o certificado: aplicar no mínimo 20% da receita bruta anual em atendimento gratuito ou destinar 60% de sua capacidade em serviços ao SUS. A regra foi assinada hoje (18) pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para determinar a nova modalidade para a concessão do Certificado de Entidade Beneficente de Assistência Social.