Nesta quinta-feira faz dois meses que o movimento dos médicos começou na cidade. Por enquanto, o boicote se estende só às seguradoras (AGF, Marítima, Unibanco, Notre Dame, Porto Seguro, Bradesco e Itaú). De acordo com o único balanço oficial feito pelo Sindicato dos Médicos de São Paulo (Simesp), em 6 de agosto, 53,84% dos profissionais aderiram ao movimento. No mesmo dia, o Estado ligou para 50 consultórios e constatou um número menor de adesão:
24%. Na segunda-feira, o Estado ligou para mais 50 profissionais. Apenas 5% afirmaram a adesão.
Hoje, representantes de médicos credenciados a oito operadoras de medicina de grupo (Amico, Blue Life, Amesp, Samcil, Intermédica, Avicena, Interclínicas e Medial) vão se reunir para discutir quais medidas tomar na próxima assembléia, marcada para o dia 21. Na última, realizada no dia 9, elas foram apontadas como as próximas na lista das operadoras boicotadas. “A escolha foi baseada no fato de que elas têm mais de 150 mil usuários e pagam menos de R$ 20 por consulta”, diz Clóvis Constantino, presidente do Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp).
As empresas de medicina de grupo têm serviços próprios (hospitais e médicos). Não trabalham, portanto, com reembolsos, como as seguradoras.
“Hoje haverá apenas uma grande discussão, já que todas se mostraram abertas a negociações”, diz José Erivalder, presidente do Simesp. (A.D.L.)