A ausência de médicos em 455 municípios é um exemplo claro de que o nosso sistema de saúde ainda está longe de ser universal e igualitário para todos os brasileiros. O problema da má distribuição de médicos decorre em parte das desigualdades regionais de desenvolvimento: é nos pólos econômicos que se concentra a maioria dos profissionais e serviços de saúde.
Além disso, os governos nunca tiveram uma política que favoreça a fixação dos médicos em seus locais de trabalho. Até hoje não avançou o plano de cargos, carreiras e salários do Sistema Único de Saúde, e são ruins as condições de trabalho, com terceirização da gestão, deterioração da rede física e dos equipamentos, escassez de leitos de UTIs, superlotação em pronto-socorros e colapso dos serviços de urgência e emergência.
A maior quantidade de médicos não proporciona, por si só, melhoria da atenção
Henrique Carlos Gonçalves
PRES.DO CONSELHO REGIONAL DE MEDICINA DO ESTADO DE SÃO PAULO