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CE: Novo sistema não deve afetar finanças de hospitais

As mudanças do Ministério da Saúde no sistema de atendimento aos hospitais de pequeno porte não deve afetar suas finanças. Pelo menos é essa a expectativa em relação à maioria deles na região do Cariri. Na opinião do técnico em Saúde pública, Luciano Bezerra, os recursos serão equilibrados na balança entre o desembolso anterior por procedimento e, agora, com base na população.

Ele cita o caso do Hospital Municipal de Saboeiro com cerca de 25 leitos para uma população em torno de 16 mil habitantes. A receita, segundo explicou, vai continuar na ordem de R$ 30 mil, “numa situação de empate”. Entretanto, existe o temor diante de algumas situações que podem ser motivadas com as mudanças, causando prejuízos à população. O paciente pode deixar de ser uma fonte de renda para o hospital passando a uma condição de descarte.

Residente em Nova Olinda, o aposentando Carlos de Oliveira Tavares teme rigor da direção dos hospitais nos critérios de internamentos ou outros procedimentos médicos em nome da economia. Ao contrário do que espera o Ministério da Saúde, a decisão pode determinar uma queda na qualidade do atendimento. Juazeiro do Norte recebeu cópia da portaria, mas a secretaria de Saúde local não se enquadra nessa situação por conta da municipalização plena.

Entretanto, são muitas as queixas apontando para a insuficiência dos recursos federais que são transferidos aos cofres do Município. O secretário Alcides Muniz alega que a verba não atende as necessidades e a Prefeitura fica na obrigação de arcar com o restante junto aos seis hospitais conveniados com o Sistema Único de Saúde (SUS). Ele cita, por exemplo, o caso do Hospital Santo Inácio que recebe cerca de R$ 100 mil mensais e o Município ainda repassa mais R$ 50 mil.

O secretário chama atenção para o fato de ser um hospital escola e que os médicos preceptores são pagos pela Faculdade de Medicina de Juazeiro (FMJ). De acordo com Alcides Muniz, o Município recebe R$ 627 mil mensais da gestão plena de saúde e a parceria de 15% prevista para a Prefeitura “extrapola em muito esse limite”. Ele diz que a determinação do prefeito e médico, Raimundo Macedo, é garantir o atendimento local sem a necessidade do paciente ir para outra cidade.