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Empresas querem baixar custos de planos de saúde

Boa parte das empresas pretende redesenhar seus planos de assistência médica nos próximos dois anos para alinhá-los ao mercado e reduzir custos. Essa é uma das conclusões da Pesquisa de Saúde Corporativa realizada pela Mercer Human Resource Consulting, especializada em recursos humanos. Na edição de 2003, a consultoria ouviu 335 empresas nacionais e multinacionais dos vários setores da economia que utilizam mais de 930 planos médicos para empregados ativos, 105 para aposentados e 322 planos odontológicos. O universo pesquisado abrange mais de 700 mil empregados e 1,8 milhão de participantes.
Quando perguntadas sobre as ações planejadas para os próximos dois anos a respeito do benefício de assistência médica (respostas múltiplas), 45% das empresas afirmaram que pretendem rever o plano para alinhá-lo ao mercado e 68% pretendem reduzir os custos. Certas iniciativas foram mais valorizadas: 84% das empresas pretendem investir na prevenção à saúde e 87% em qualidade de vida.
Um percentual reduzido (26%) das empresas pretende oferecer o benefício de assistência odontológica e 42% do total pretende avaliar a implantação de um programa de benefícios flexíveis.
Em 35% das empresas pesquisadas, o custo do benefício saúde corresponde a mais de 9% da folha de pagamento (sem encargos). O percentual médio de aumento de custo, quando comparado ao ano de 2002, situou-se na faixa de 10% a 15%, para planos contratados na forma de pré-pagamento (risco financeiro da operadora) e de 5,1% a 10%para os contratados na forma de pós-pagamento (autogestão ou autogestão terceirizada).
As operadoras de saúde, classificadas como seguradoras, são as provedoras da maioria (48%) das empresas participantes. Em 54% dos planos, os empregados pagam uma contribuição fixa mensal e somente 23% das empresas oferecem cobertura para dependentes considerados agregados, sendo que a grande maioria não permite a inclusão de novos usuários.
Apenas 16% das empresas oferecem cobertura para aposentados. Dessas, 91% oferecem o mesmo desenho de plano destinado aos empregados ativos. Em mais de 70% das empresas, os aposentados pagam parcial ou totalmente o custo do benefício.
As últimas pesquisas realizadas pela Mercer demonstram um crescimento na oferta de assistência odontológica. Nesta última edição, foi o benefício foi encontrado em 58% das empresas. Desse universo, 48% contratam empresas de odontologia de grupo; 16% têm plano próprio com administração terceirizada; 15% praticam a autogestão do serviço, 10% contratam seguradora e 11% utilizam cooperativa odontológica.
O serviço é cobrado do funcionário, em 60% dos casos, na forma de pré-pagamento, 35% na de pós-pagamento e 5% definem uma verba anual para gastar com o benefício (conceito de contribuição definida). Outros 51% estabelecem contribuição fixa mensal do empregado e 52% dos planos oferecem cobertura somente por meio de rede credenciada. Para 60% das empresas, a assistência odontológica custa menos de 1% da folha de pagamento, sem encargos.
A Mercer Human Resource Consulting atua em mais de 40 países e possui cerca de 13 mil funcionários. A consultoria faz parte do Grupo MMC – Marsh & Mac Lennan Companies.