Com o intuito de discutir a melhora da qualificação de profissionais do serviço de emergência, apresentar novidades do setor, reivindicar o reconhecimento da profissão e exigir maior treinamento do médico emergencista, foi realizado sexta-feira, em Curitiba, o 1º Simpósio de Medicina de Emergência. O evento teve apoio da Associação Brasileira de Medicina de Emergência (Abramede) e discutiu soluções para modificar a atual conjuntura crítica do sistema de emergência no Brasil. Segundo o chefe do pronto-atendimento do
Para o médico, a falta de qualificação dos profissionais se deve a pouca atenção dispensada à especialidade. Isso porque, além de o Brasil ser o único país Sul-Americano que não traz a Medicina de Emergência como especialidade reconhecida, também não oferece cursos de capacitação suficiente aos profissionais. Existem apenas dois centros de formação de emergencistas
Segundo o Gerente dos Serviços de Emergência do Hospital Universitário Cajuru (HUC), Vinícius Filipak, os quatro emergencistas para o plantão 24 horas de que o hospital dispõe são suficientes para a demanda de pacientes atendidos diariamente. Porém, em casos de superlotação, como aconteceu em maio deste ano em que os atendimentos extrapolaram a capacidade do hospital e os pacientes tiveram de ser relocados para outros centros de emergência, a demanda de profissionais demonstra-se insuficiente. “O ideal seria que tivéssemos o dobro de socorristas, mas hoje isso é inviável”, declara Filipak. O médico considera o Sistema Único de Saúde (SUS) o responsável pelo fato. “Como 65% dos nossos atendimentos são direcionados para o SUS e o valor oferecido pelo sistema não cobre o preço de todo tratamento, parte do pagamento é feito pelo próprio hospital”. Segundo o médico, como não é possível economizar em medicamentos ou equipamentos, a redução de custos é realizada nas contratações.
Para Filipak, as condições desgastantes de trabalho e o ritmo cansativo exigido pela profissão, também são fatores responsáveis pela baixa qualidade dos serviços prestados. “A maioria dos profissionais mais experientes não agüenta o ritmo de trabalho e a baixa remuneração do serviço por longo tempo”.
Para o chefe do pronto-atendimento do