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Florianópolis: Modelo de negócio do hospital-dia atrai investidor

Um grupo de investidores inaugura no dia 12 de abril o Baía Sul Hospital Dia, especializado em procedimentos cirúrgicos ambulatoriais. No total foram investidos R$ 12 milhões em obras e na criação da empresa, uma S.A. de capital fechado.

Localizado na porção central da cidade, o Baía Sul Hospital Dia ficará dentro de um complexo em que já existe um prédio com consultórios médicos, uma clínica voltada a diagnósticos por imagem e um laboratório de análises clínicas. O novo empreendimento é baseado em um modelo americano de atuação chamado de “day hospital”. Está focado em cirurgias que utilizam tecnologia de ponta e naquelas em que não é necessária a internação após a cirurgia. A rentabilidade virá principalmente do fluxo contínuo de pacientes, segundo explica o diretor administrativo e financeiro do novo hospital, Ragnar José Jacob.

No total, o Baía Sul Hospital Dia é composto por 26 acionistas que compraram pequenas cotas de participação. Os investidores são todos de Florianópolis e na estrutura montada, não há um acionista controlador e sim um gestor dos negócios contratado pelo grupo.

De acordo com Jacob, a expectativa é de que o retorno dos investimentos ocorra em seis anos. Dos R$ 12 milhões, R$ 4 milhões foram financiados pelo Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE). Ele explica que a idéia de investir em um hospital-dia veio do potencial desse mercado no Brasil. O executivo diz que nos Estados Unidos 70% das cirurgias são feitas em hospitais com este tipo de gestão e no Brasil, 16%.

A cidade de Florianópolis também é vista como um local com potencial adicional para os negócios. Entre as indicações que reforçam essa expectativa, existe o fato de ser uma cidade cuja maior parte da população é de servidor público com plano de saúde. Além disso, nos últimos anos houve uma migração forte de pessoas que procuram por clínicas mais sofisticadas e, como todo grande centro, a saúde pública não comportar todos que precisam de procedimentos cirúrgicos imediatamente. “Os investidores viram esse filão que representa o mercado de cirurgias ambulatoriais para um público mais seleto”, explica Jacob.

O hospital atenderá desde consultas particulares a convênios. Terá 17 especialidades e atuará em cirurgias mais complexas, como a extração do cólon do útero, até a retirada de sinais da pele. A tecnologia, de acordo com o executivo, será o diferencial do empreendimento, como procedimentos via videocirurgias e central de monitoramento pela qual é possível acompanhar o nível anestésico dos seus pacientes por uma tela.

Como são novos no segmento de hospital-dia, os investidores do Baía Sul contrataram consultoria do Itaigara Memorial Day, um empreendimento na Bahia que já opera neste formato há sete anos.