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Hospitais de PG apresentam condições para instalar UTIs

A negociação dos hospitais de Ponta Grossa com a secretaria de Estado da Saúde sobre a instalação dos 17 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) na cidade terá mais um episódio hoje. Depois de reunião realizada ontem, entre a direção da Santa Casa de Misericórdia, Hospital Vicentino e Hospital Bom Jesus, ficou acertado que o Governo do Estado vai receber por escrito, ainda hoje, a lista oficial de condições apresentadas para a instalação dos leitos de UTI.
No documento, os hospitais vão expor a necessidade de revisão dos tetos financeiros pagos pelo Estado para a manutenção dos leitos, o reajuste dos valores das Autorizações para Internamento Hospitalar (AIHs) e a necessidade de recebimento, de forma rápida, do dinheiro referente ao prazo de espera pelo credenciamento dos leitos junto ao Sistema Único de Saúde (SUS). Também serão solicitadas, oficialmente, da secretaria de Saúde informações sobre os repasse dos recursos atrasados.
A diretora administrativa da Santa Casa, Scheila Mainardes, comenta que o Estado já tem informações sobre todas as carências dos hospitais. No entanto, agora será formalizada uma lista de exigências para que a implantação dos leitos de UTI possa ser realizada o mais rápido possível. “Com a oficialização das necessidades, a Santa Casa ficará à espera de um posicionamento do Estado, porque não basta apenas instalar a UTI, é preciso que ela funcione com toda a estrutura necessária”, comentou.
Justamente por conta da complexidade envolvendo a instalação dos leitos, a Santa Casa também vai informar ao Estado que não tem condições, agora, de receber as 10 unidades de terapia intensiva. De acordo com Scheila, estudos técnicos apontam que somente sete poderão ser instalados, sendo três adultos e quatro neo natais. “É impossível assumir um compromisso que não será cumprido posteriormente. Por isso, nós vamos deixar clara essa situação agora”, disse.
Os diretores dos hospitais Vicentino e Bom Jesus não se pronunciaram sobre o resultado da reunião realizada na presença do secretário de Saúde de Ponta Grossa, Alberto de Carvalho, e da chefe da Regional de Saúde, Lenir Monastirski. No entanto, as unidades se colocam à disposição para negociar, mediante a definição sobre os recursos necessários para a implantação dos leitos.
A secretaria de Saúde, por sua vez, informou através da assessoria de imprensa que espera apenas o pronunciamento dos hospitais para definir a situação.

 

Deputado cobra informação sobre repasses

 

A secretaria de Saúde do Paraná terá de prestar informações sobre o possível atraso no repasse de verbas aos hospitais de Ponta Grossa. A solicitação foi feita, ontem, pelo deputado estadual Plauto Miró Guimarães, durante sessão na Assembléia Legislativa.
Através de ofício, o parlamentar pediu dados sobre os valores dos recursos atrasados, quais os hospitais que têm dinheiro a receber e qual a data prevista para o pagamento. De acordo com o discurso feito pelo deputado, a demora na instalação dos 17 leitos de UTI na cidade, prometidos pelo Governo do Estado, está sendo ocasionada pelo receio que os hospitais têm de não receber o pagamento pelos trabalhos realizados. “Mais uma vez, as promessas do governador Roberto Requião não se concretizam. Ao invés dos leitos para os hospitais de Ponta Grossa, a cidade pode ficar apenas com ambulâncias para transportar os pacientes para Campo Largo”, disse.