O Hospital das Clínicas de Brasília (HCB) vai acionar na Justiça a mãe do promotor de eventos Ivan Rodrigo da Costa, o Neneco, 29 anos, a funcionária pública Valéria da Costa, para receber a conta de cerca de R$ 60 mil pelos seis dias em que ele ficou internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Neneco morreu depois de ser espancado por cinco capoeiristas em frente a uma boate no Setor de Diversões Norte.
Valéria afirma ter conseguido na Justiça a autorização para que o Sistema Único de Saúde (SUS) se responsabilize pelas despesas. A liminar foi concedida pelo juiz Iran de Lima, da 5ª Vara de Fazenda Pública, do TJDFT, no último dia 28, quatro dias depois da internação e dois dias antes da morte do promotor. "Apresentei o documento quando meu filho ainda estava internado", diz.
O HCB afirma não ter recebido o documento. Alega também que mesmo com a garantia da liminar, apenas as despesas com UTI podem ser pagas pelo SUS. Custos de remédios e materiais não estão incluídos.
Na liminar, o juiz determina que a Secretaria de Saúde pague todas as despesas de internação durante o período em que Neneco esteve na UTI.
De acordo com Valéria, Neneco só foi para o HCB, depois de ter procurado atendimento no Hospital de Base e os médicos terem dito que ele precisava fazer uma tomografia do cérebro, mas o aparelho estava quebrado.
Quando era atendido no HCB, teve uma crise e começou a passar mal. A médica disse que o paciente não tinha condições de ser removido e o levou para a UTI. A mãe disse que ainda pagou a tomografia e a consulta. O hospital exigiu um cheque como caução, mas ela tinha dado a última folha para a consulta. "Nunca me neguei a pagar. Antes era R$ 40 mil, mas depois que os amigos dele fizera