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Liberação de remédios só volta ao normal em dois meses

 

            Os fiscais da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em Santos e a força-tarefa deslocada para o porto pelo governo federal levarão dez dias para liberar mercadorias retidas durante a greve de 70 dias da categoria. Serão necessários ainda dois meses para que a situação geral, inclusive as operações portuárias, volte ao normal. Isso se os auditores da Alfândega de Santos não aderirem a uma greve nacional iniciada na quarta-feira (3).

 

            Nesta quinta-feira haveria uma assembléia para decidir se os auditores da Alfândega de Santos acatam ou não a greve. “Se aderirem, as mercadorias liberadas pela Anvisa continuarão retidas”, disse o presidente do Sindicato das Agências de Navegação do Estado de São Paulo (Sindamar), José Eduardo Lopes.

 

            O Sindamar estima que os prejuízos com a greve da Anvisa cheguem a US$ 230 milhões. Somente no Porto de Santos, há 400 mandados de segurança para serem cumpridos. Existem ainda mais de 5 mil processos à espera de liberação. Dezoito pessoas da força-tarefa federal trabalham na análise deles.

 

            BALANÇO DA FORÇA-TAREFA

 

            Em três dias da força-tarefa da Anvisa para dar vazão a processos de remédios e alimentos, foram autorizadas 2.738 licenças de importação no Rio e São Paulo. Foram analisados 7.938 processos, entre liberações, análises e autorizações de embarque. A operação se estende até domingo.

 

            O gerente da Vigilância Sanitária em Portos e Aeroportos, Paulo Ricardo Nunes, afirmou que o critério de urgência está sendo observado. Remédios de uso contínuo, kits para diagnóstico e produtos usados em hemodiálise têm prioridade na análise. Ontem, dia de pagamento, muitos servidores não receberam seus salários, embora uma liminar da Justiça determinasse a não interrupção do pagamento.

 

            Nesta quinta-feira (04), uma reunião entre Anvisa e a federação dos sindicatos seria realizada para discutir reformulações.