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Médicos vêem crise no Emílio Ribas

Associações que reúnem médicos e funcionários do Hospital Emílio Ribas convidaram imprensa e ONGs para mostrar um outro lado do principal centro de infectologia do país: o lado onde falta quase tudo.

Carlos Frederico Dantas Anjos, presidente da Associação dos Médicos, disse que faltam respiradouros, oxímetros, aparelhos que medem a saturação do oxigênio no sangue e broncoscópios, que ajudam a identificar o agente da tuberculose.

No seu “tour de pendências”, Anjos disse que faltam monitores de reanimação, os desfibriladores são ultrapassados e faltam equipamentos de reanimação. Falta, sobretudo, comunicação entre médicos e Secretaria da Saúde. Segundo Anjos, não havia representantes do governo no encontro. Uma nota oficial dizia que a secretaria tem um “um programa de recuperação especialmente para o Emílio Ribas”, “trazendo novas tecnologias e aprimoramento técnico para benefício da população”.

Não há sintonia entre o que dizem os dois lados. Os médicos do hospital informam que o repasse da secretaria, que foi de R$ 23 milhões anos atrás, está agora em R$ 19 milhões.

A nota da secretaria diz que nos primeiros sete meses deste ano o Emílio Ribas já recebeu R$ 1,8 milhão a mais que no mesmo período do ano passado. Diz também que o hospital reservou 20 quartos com pressão negativa para a síndrome respiratória aguda grave. Os médicos lembraram que no início da Sars o hospital ficou fora das instituições de referência porque faltavam filtros nos quartos de pressão negativa.