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Ministro Humberto Costa reafirma compromisso com as decisões da 12ª CNS

O Ministro da Saúde, Humberto Costa, reafirmou neste domingo (07/12) que o Ministério da Saúde vai colocar em prática as propostas aprovadas pela 12ª Conferência Nacional de Saúde.
O compromisso foi firmado na abertura do evento na presença de aproximadamente cinco mil participantes, como o Presidente da República em exercício, José Alencar, e dirigentes de vários organismos internacionais, como o diretor-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), o coreano Jong Wook-Lee, e do coordenador da 12ª CNS, Eduardo Jorge.
Humberto Costa destacou que a Conferência é o princípio de uma era de reparos nas distorções verificadas no sistema de saúde. Ele ainda creditou ao atual governo a oportunidade de realizar uma política sanitária originária dos usuários e trabalhadores do sistema. “A antecipação da Conferência vem da necessidade de um governo de mudança ouvir antes a parte interessada para então depois criar a política ideal”, definiu.
Esse compromisso fica ainda mais evidente pelo fato de que a 12ª CNS foi antecipada em um ano com o objetivo de orientar o ministério em suas ações com relação à política de saúde pública do Brasil, até 2006. “ É um compromisso do governo trabalhar intensamente para colocar em prática todas as proposições da 12ª CNS. Elas é que vão direcionar as políticas de saúde para os próximos anos”, afirmou o ministro da saúde, Humberto Costa.
Fazendo um balanço improvisado de um ano de governo, o ministro apresentou números que fizeram a plenária da 12ª CNS ovacioná-lo. Humberto Costa anunciou que, só neste primeiro ano, foram investidos R$ 150 milhões a mais em serviços de Atenção Básica. O incremento foi ainda maior para as equipes do Programa Saúde da Família (PSF): R$ 368 milhões a mais que resultaram em um aumento de 35% no número de equipes do programa e de 26% nas equipes de saúde bucal, que agora atendem 94% da população.
O tom descontraído da solenidade veio de onde menos se esperava. O coreano Jong Wook-Lee iniciou seu discurso em um português improvisado elogiando o modelo de assistência médica brasileira e declarou que outros países já procuram seguir o exemplo brasileiro. “Um dos principais motivos para o sucesso do modelo de saúde brasileiro é que o governo escuta quem mais sabe do sistema: o usuário. O Brasil é um exemplo que, hoje, vários países querem seguir”, afirmou.
Mas foi Eduardo Jorge, o segundo a falar, que despertou as reações mais exacerbadas da platéia ao convocar Sarah Escorel, viúva do saudoso sanitarista Sergio Arouca. A presidente do Centro Brasileiro de Estudos de Saúde (CEBES) emocionou ao citar filhos e netos de Sérgio Arouca e convocar os presentes a participar ativamente da mudança na política sanitária do País. “Somos autores e atores da história que estamos construindo”, disse Sarah, arrancando aplausos. Ao final de seu discurso, ela foi conclamada a voltar à mesa para sentar-se ao lado das demais autoridades, entre elas o ministro Humberto Costa que avalizou por diversas vezes o discurso de Sarah ao garantir tornar política pública tudo o que for decidido na Conferência.