O dia 29 de janeiro foi instituído como o dia de luta contra morte dos doentes mentais no Brasil. A data foi escolhida pela Associação dos Familiares e Amigos dos Doentes Mentais (AFDM) por marcar um ano da tragédia no bairro Planalto, em Natal, quando o pedreiro Evânio Fernandes espancou e matou os filhos de 1 e 2 anos na frente da mãe das crianças e da enteada de 13 anos.
Um ano após aquele trágico dia, Luciene Rodrigues Freire, viúva de Evânio, continua na mesma casa que, depois de servir de cenário para os assassinatos dos seus filhos, foi incendiada pelo marido. ‘‘Não tive ajuda nenhuma do poder público. Nem financeira nem psicológica. Minha casa continua do mesmo jeito. E minha filha está traumatizada até agora não se relaciona com as pessoas porque não confia mais nelas. Só tive ajuda mesmo da associação que está sempre reivindicando nossos direitos‘‘, revelou.
Além de instituir o dia contra a morte dos doentes mentais, a mobilização realizada pela associação está lutando pela melhoria do atendimento a esses pacientes nos hospitais psiquiátricos do Estado. De acordo com o presidente da AFDM, Marival Severino da Costa, devido à falta de estrutura os médicos de uma enfermaria do Hospital João Machado se reuniram para pedir o fechamento da mesma.
‘‘Não entendemos o porquê dos médicos pedirem o fechamento dessa enfermaria quando o mais óbvio, já que são profissionais da saúde e sabem qual é a verdadeira situação no hospital, seria pedir para que fossem tomadas medidas para melhorar o atendimento tanto nessa enfermaria específica, quanto
A campanha pretende mobilizar a população natalense em prol do auxílio humanitário à viúva de Evânio para a construção de uma nova residência e alertar a população sobre a situação enfrentada pelos pacientes psquiátricos e suas famílias.