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Planos seguem na liderança das reclamações ao Idec

Embora com um percentual menor do que o registrado no ano passado, os planos de saúde permaneceram, pelo oitavo ano consecutivo, como os campeões de reclamação do Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor).
O setor foi responsável por 17,1% dos mais de 20 mil contatos de consumidores com a entidade, somando atendimentos por telefone, e-mail ou pessoais. Em 2007, esse percentual chegou a 23,2%.
A diferença para o segundo colocado em queixas caiu. O setor financeiro, com queixas relativas às tarifas bancárias e aos juros do cartão de crédito, respondeu por 14% das consultas —no ano passado, esse índice era de 15,7%.
O único setor em que houve crescimento na participação entre as reclamações foi o de telecomunicações/telefonia. Enquanto em 2007 o percentual era de 10,4%, neste ano a taxa chegou a 13,8%, aproximando-se dos dois líderes. Segundo o Idec, o problema mais corrente eram as dúvidas quanto à mudança de pulso para minuto.
Produtos e serviços em geral tiveram percentuais de 12,2% e 8,1%, respectivamente. No ano passado as taxas foram, nesta ordem, de 14,6% e 10,3%.
Além desses atendimentos, 23.200 consumidores procuraram o Idec por conta das ações judiciais promovidas pela entidade. Desse total, 78% trataram de perdas nas cadernetas de poupança nos planos econômicos (Bresser, Verão e Collor). (Portal Última Instância)  

Mercado reclama falta de profissionais qualificados

A qualificação dos estabelecimentos de saúde e operadoras de planos de saúde passa tanto pelo setor administrativo, quanto pela parte operacional. A profissionalização dos funcionários segue, hoje, uma tendência mundial. Segundo a gerente da regional Brasília do plano de saúde dos funcionários da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) – Capesesp, Nely de Souza Fernandes, operadoras e prestadores já perceberam a necessidade de se ter profissionais capacitados, tanto para o atendimento ao público quanto para a administração interna da instituição.
De acordo com Nely Fernandes, que também é professora de faturamento médico-hospitalar, em Brasília, a reclamação sobre a falta de profissionais capacitados no mercado é geral. Para tanto, houve um aumento da oferta de cursos técnicos e profissionalizantes nas áreas de saúde. Segundo ela, o faturamento hospitalar, por exemplo, era aprendido na prática diária, mas, agora, há cursos de treinamento específicos para esta área.
Há cinco anos, porém, as entidades não prestavam muita atenção na a área operacional das instituições, o que provocava um desequilíbrio na qualidade apresentada por hospitais, clínicas e operadoras de planos de saúde. Conforme explicou a gerente do Capesesp, para outros cargos, como os de gerência, há uma cobrança maior, mas não para o operacional. Já é possível verificar que, nos últimos anos, a preocupação com a qualidade em todas as áreas das instituições é tem se tornado mais forte.
Os processos seletivos aplicados pelas áreas de Recursos Humanos (RH) não são definidos mais apenas pela apresentação de currículo, mas também exige um conhecimento mínimo no setor, experiência e, em alguns casos, cursos técnicos, principalmente em enfermagem. No caso dos hospitais, a busca pela acreditação e pelo cumprimento de protocolos tem feito com que as entidades capacitem seus próprios funcionários e evitem contratações “descuidadas”.
Nesse sentido, as próprias empresas estão treinando e acompanhando seus funcionários, a fim de que todo o processo seja realizado com alto nível de qualificação.
Mesmo assim, Nely acredita que o Brasil demorou a “acordar” para essa necessidade de capacitação e profissionalização. Segundo ela, esse processo já aconteceu há mais tempo em alguns países. Contudo, ela acredita que o Brasil já tem profissionais preparados para atender a esta demanda de mercado, que busca bons funcionários, com conhecimento e que “saibam o que estão fazendo”.