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Rio: Hospitais da prefeitura ficam sem comida

As empresas que fornecem refeições para os hospitais da rede municipal suspenderam as entregas ontem devido à falta de pagamento. Funcionários e acompanhantes de pacientes ficaram sem comida. Apenas os doentes continuaram recebendo as refeições. Segundo o presidente do Sindicato das Empresas de Refeições Coletivas do Estado do Rio de Janeiro (Sinderc), Edmundo de Souza Tomé, a dívida da Secretaria municipal de Saúde com as empresas ultrapassa R$ 25 milhões, acumulada de maio até agora.

O fornecimento continuará suspenso até hoje, quando a dívida será discutida numa reunião entre a Secretaria de Saúde e o sindicato das empresas, marcada para as 9h.

A Secretaria municipal de Saúde divulgou nota no fim da tarde ontem explicando que o pagamento das empresas que fornecem alimentação está sendo regularizado e será efetuado nos próximos dias. O atraso, segundo a secretaria, ocorreu em função de regulamentação do serviço com a revisão dos critérios de contratos entre a prefeitura e as empresas prestadoras de serviços.

Devido à suspensão no fornecimento das refeições, o atendimento foi prejudicado em algumas unidades de saúde. No Salgado Filho, no Méier, pacientes esperaram por até sete horas para serem atendidos:

– Estou com muita dor na barriga. A dor é tão forte que não consigo ficar em pé – contou Marco Antônio Botelho do Nascimento, de 35 anos, sentado no chão na entrada do Salgado Filho há sete horas.

No Hospital Souza Aguiar, vários funcionários foram embora para casa por causa da falta de comida.

– A gente só ficou sabendo que não teria comida hoje (ontem). Prometeram que mandariam um lanche, mas nem isso recebemos. O problema é mais grave porque estamos no fim do mês. Não sei como vai ser amanhã (hoje) – disse um maqueiro.

O presidente do sindicato disse que no dia 15 passado avisou a Secretaria de Saúde que o fornecimento seria suspenso caso o pagamento não fosse realizado. Na sexta-feira da semana passada, a Secretaria de Saúde enviou um fax avisando que estava providenciando o pagamento de 15 dias de fornecimento, mas a dívida chega a 135 dias, segundo o sindicato.