Após três meses de conversações, a Santa Casa de Misericórdia e o Sistema Firjan (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro) assinaram um contrato que poderá transferir a administração de hospitais, cemitérios e orfanatos para o Serviço Social da Indústria (Sesi). A Santa Casa atravessa problemas financeiros que serão avaliados pela Firjan nos próximos seis meses.
De acordo com o presidente da Firjan, Eduardo Eugênio, o contrato firmado na última terça-feira dá à entidade empresarial o prazo de seis meses para diagnosticar a situação financeira da Santa Casa e avaliar ativos e passivos. O Sesi tem um programa de saúde ocupacional que é o maior do Brasil e experiência na administração de unidades de saúde.
– Tudo dependerá dos estudos, mas nossa intenção é recuperar a Santa Casa e elevá-la aos parâmetros de saúde pública do século XXI. Com um plano de gestão adequado para a instituição e os demais braços da Firjan, podemos dar um grande salto no atendimento social – avalia Eugênio.
Fundada pelo padre José de Anchieta em 1582, a Santa Casa tem vasto patrimônio imobiliário no Rio, incluindo quatro hospitais, dois orfanatos, um asilo e 14 cemitérios, empregando quatro mil funcionários.