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Sociedade pode pagar o pato do lixo hospitalar

Beto, Ducci e Derosso discutem uma saída para o lixo hospitalar em audiência com setor de saúde

Empresários do setor de saúde reúnem-se dia 11, na sede da Federação dos Hospitais, em Curitiba, para decidir sobre a questão do lixo hospitalar. Com a renovação da licença do IAP para a vala séptica da CIC, a Prefeitura de Curitiba estendeu por pelo menos mais 60 dias o serviço de coleta dos resíduos de serviços de saúde.
Os gerenciadores de resíduos, leia-se hospitais, laboratórios e clínicas médicas, odontológicas e veterinárias, dentre outros serviços, querem que a administração pública assuma a coleta, transporte e destinação final do lixo, o que seria possível com a construção de uma usina. Entendem os serviços de saúde que o orçamento municipal e a cobrança da taxa de coleta no IPTU são indicativos da responsabilidade do Poder Público. Querem dizer que, se tiverem que bancar o ônus do serviço, que representa cerca de R$ 1,50 por quilo de resíduos, tal custo será repassado à sociedade de algum modo.

Desobediência no zelo ao meio ambiente e à saúde pública

Curitiba gera 15 toneladas/dia de resíduos de serviços de saúde. A falta de legislação aclarando sobre a quem cabe o ônus do serviço tende a provocar muita confusão em todo o País. Até junho, todas as empresas que produzem lixo hospitalar terão de colocar em prática os seus planos de gerenciamento. O prazo é curto para resolver um problema tão complexo. Sem a necessária conscientização, teme-se a desobediência no zelo
ao meio ambiente e à saúde pública. Medicamentos vencidos, restos de animais contaminados e materiais de risco podem acabar no quintal do vizinho, na rua ou mesmo nos mananciais. O processo exige efetivo controle não só no grande gerenciador de resíduos, mas também no pequeno e na própria vida doméstica, onde muitos produtos enquadrados como lixo hospitalar acabam misturados ao convencional.