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Universitário de Brasília amarga dívida de R$ 25 milhões

O Hospital Universitário da Universidade de Brasília (HUB) pede socorro. A dívida que chega a R$ 25 milhões e o déficit mensal de cerca de R$ 500 mil afetam os pacientes que vêm de todo o Distrito Federal e Entorno, além das regiões Centro-Oeste, Norte e Nordeste do País. A diretora do HUB, Tânia Torres, destacou que o hospital opera no limite e reclamou da falta de agilidade da Secretaria de Saúde do Distrito Federal, principal parceria da instituição, em ano de eleições.
Desde dezembro do ano passado, o HUB recebe da Secretaria de Saúde uma verba de R$ 2,1 milhões pelos serviços prestados ao Sistema Único de Saúde (SUS). Essa é a única fonte de renda do hospital. Com o montante, é preciso suprir os custos de internações, atendimentos ambulatoriais, manutenção, compra de equipamentos e remédios.

Centro de custo
O HUB é hoje um centro de custo da UnB. Porém, o Ministério da Educação (MEC) não repassa verba específica para o hospital. A Fundação Universidade de Brasília (FUB) paga somente o valor destinado aos seus cerca de 300 funcionários que atuam no hospital. O Ministério da Saúde (MS) também só arca com as despesas de cerca de 400 servidores cedidos ao HUB.
Diversas entidades têm se mobilizado e pressionado as autoridades para exigir mudança na forma de financiamento dos hospitais universitários do país. A situação do HUB não é muito diferente da dos demais. Para a diretora do hospital, a necessidade de outro modelo é urgente. "Da maneira que está, não dá mais. Trata-se de um financiamento inadequado e ineficiente. Não deveria ser por aí. Precisamos de uma fonte financiadora", afirma.
A alternativa mais viável, na opinião de Tânia, é a administração mista – pública e privada. "Gostaria muito de ver o HUB com o rigor de uma instituição que funciona dessa forma, como a Rede Sarah. Seria uma saída eficaz", compara.