A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) divulgou às operadoras de planos de saúde a metodologia do processo de qualificação da saúde suplementar iniciado pelo órgão no final do ano passado. O processo irá culminar na formação de um ranking das operadoras, a ser divulgado em fevereiro. O objetivo é informar os usuários sobre a situação financeira das empresas, e assim estimular a competição entre elas.
Entre os principais aspectos avaliados pela agência estão as condições de estrutura e operação das empresas, o grau de satisfação dos beneficiários, a situação econômico- financeira e a importância que cada empresa dá aos tratamentos de saúde preventivos.
Para Gilson Caleman, diretor de gestão da ANS, o setor de saúde suplementar tem que se concentrar, cada vez mais, nos serviços de atenção à saúde. “O tratamento de doenças não pode ser o foco exclusivo das empresas do setor”, diz Caleman.
Desde o último dia 28 de dezembro, as operadoras têm acesso à sua avaliação, desenvolvida pela ANS, e têm até o último dia deste mês para adequar possíveis desajustes apontados pela agência.
Planos antigos
A agência também divulgou o balanço do Programa de Incentivo à Adequação de Contratos (Piac), criado para gerir o processo de adaptação dos usuários de planos antigos, anteriores à lei que regulamenta o setor, de 1998.
Das 998 operadoras em exercício no País, que atendem cerca de 15 milhões de usuários, apenas 541 ofereceram algum tipo de proposta de reajuste para a migração dos planos antigos.
O total de 457 empresas do setor não ofertaram nenhuma proposta e estão sujeitas a receber multas de até R$ 50 mil.
A razão apontada por essas operadoras foi o índice de reajuste determinado pela ANS, de até 25%, considerado abaixo da realidade econômica. Algumas operadoras propuseram um reajuste de até 426, 45%.
As condições econômicas e estruturais das operadoras estão entre os requisitos de avaliação.