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Funcionários do Ministério da Saúde são presos

A Polícia Federal deflagrou hoje a Operação Vampiro para prender 17 pessoas acusadas de fraudar licitações de compra de hemoderivados pelo Ministério da Saúde. Entre os acusados estão funcionários do Ministério da Saúde, como o coordenador-geral de Recursos Logísticos do ministério, Luiz Cláudio Gomes da Silva, nomeado para o cargo em julho passado, e empresários.

A operação ocorre simultaneamente em Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo. A assessoria de comunicação da Polícia Federal confirmou que já foram presas 11 pessoas em Brasília. Entre elas estão Romeu de Amorim e André Ferreira Murgel. Os dois são funcionários do Ministério da Saúde. Uma mala com R$ 1 milhão em espécie foi apreendida na casa de um dos presos.

O superfaturamento na compra de remédios para tratamento da hemofilia pode ter dado prejuízo de R$ 2 bilhões, entre 1990 e 2002, segundo cálculo feito pelo Ministério da Saúde. A partir de 2003, o Ministério passou a economizar 42% na compra desses medicamentos. A fraude foi descoberta porque o governo começou a recorrer ao pregão para compra de medicamentos ao invés da concorrência internacional.

O ministro da Saúde em exercício, Gastão Wagner, disse os funcionários do ministério envolvidos já foram exonerados. Gastão disse em entrevista coletiva que Luiz Cláudio Gomes da Silva foi indicado pelo ministro Humberto Costa. Ele era responsável pelo sistema de licitação. No entanto, ressaltou que os problemas já existiam antes da presença de Luiz no cargo. Gastão ressaltou que não houve desvio de dinheiro do Orçamento da pasta.

O empresário do setor de comunicação, Lourenço Romeu Peixoto, é um dos principais alvos da investigação e também está sendo procurado por agentes da PF.

Os próximos passos da Polícia Federal envolvem a prisão dos demais envolvidos, análise das provas para ver a extensão da atuação da quadrilha e o cumprimento dos 42 mandados de busca e apreensão já expedidos.

Serão alvos dos mandados casas, fazendas, chácaras, escritórios e até salas do Ministério da Saúde, onde os funcionários envolvidos trabalhavam.
O ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, disse que a investigação é complexa e sigilosa, e que todas as pessoas presas e provas “serão submetidas ao crivo da Justiça”. Ele disse ainda que é possível que pessoas que estejam na lista da PF estiveram envolvidas no caso PC Farias.