A fixação de estratégias de negociação com cooperativas, seguros e planos de saúde esteve em destaque na reunião plenária da Confederação Nacional de Saúde (CNS) e no fórum brasileiro de análises clínicas, patologia e biomedicina, eventos que ocorreram esta semana em Curitiba. Os trabalhos foram desenvolvidos durante todo o dia 17, no hotel Paraná Suíte. A parte da manhã esteve reservada à plenária da CNS, conduzida por diretores. Á tarde ocorreu o fórum brasileiro, ao término do qual foi definida a carta de curitiba, com propostas e reivindicações.
O fórum produziu avançou importantes na proposta de união dos segmentos de análises clínicas, patologia e biomedicina, em especial no que se refere à unificação de ações em busca de melhores condições negociais com as operadoras.O rol de procedimentos da ans e a classificação brasileira hierarquizada de procedimentos médicos tendem a ser fatores de referência nas negociações, agora com a perspectiva de terem de ser apressadas, já que a agência nacional não prorrogou o prazo para contratualização, fixado para 8 de novembro. as operadoras que não celebraram seus contratos estão sujeitas à notificação pela ANS.
Conforme constava do programa de debates, a proposta de constituição de uma câmara técnica permanente para tratar de assuntos da área, no âmbito da agência nacional de saúde suplementar, foi apresentada à CNS. Caberá agora à Confederação defender a idéia junto à ANS. Deliberou-se, ainda, pela transformação do fórum em instrumento permanente de discussão de assuntos do setor, com edições mensais itinerantes. O próximo fórum deve ocorrer novamente em Curitiba ou ainda em São Paulo, no mês de dezembro.
O Fórum Brasileiro
A organização local do fórum esteve a cargo da associação dos laboratórios de análises e patologia clínica, anatomia e citologia do paraná, do sinlab/pr, crf/pr e sbac/pr, com participação e apoio das várias entidades afins, com destaque para a cns e a federação dos hospitais e estabelecimentos de serviços de saúde no estado do paraná, além de, pela primeira vez, dos representantes nacionais das áreas patológica (sociedade brasileira de patologia clínica), bioquímica (SBAC) e biomédica (CRBM). Também enriqueceram os debates o presidente do conselho federal de farmácia e representantes da ANS.
Os objetivos do encontro, manifestados na carta de curitiba, são de desenvolvimento de ações para unificar as negociações dos prestadores de serviços de análises clínicas, patologia e biomedicina com as cooperativas, seguros, operadoras e planos de saúde, tendo em vista que as diversas entidades representativas de cada categoria vinham tomando decisões isoladas. Reconheceu-se a falta de uma política voltada à união das três categorias. durante o fórum foram propostas as instituições da comissão nacional de negociação e as comissões regionais de negociações, que se somaram à defesa da câmara técnica nacional de contratualização e acompanhamento e de centralização dos contratos de prestação de serviços.
Estiveram em análise os seguintes temas: classificação brasileira hierarquizada de procedimentos médicos (cbhpm); frente única de negociação; rol de procedimentos de análises clínicas, patologia e biomedicina; atuação dos conselhos federais e estaduais das especialidades; câmara técnica nacional de contratualização e acompanhamento; e agência nacional de saúde suplementar e o papel da agência reguladora.
Entre os palestrantes esteve o dr. Tércio Egon Paulo Kasten, vice-presidente da CNS e também seu representante da área de laboratórios. Ele falou sobre a atuação da CNS nas negociações a em âmbito nacional. A dra. Daisy Schwarz apresentou o atual estágio de negociações com operadoras, enquanto o dr. Wilson Scholnik, presidente da SBPC, avaliou a atuação da entidade e utilização da CBHPM nas análises e patologia clínica. Ulisses Tuma, presidente da SBAC, discorreu sobre as ações desenvolvidas, enquanto o dr. Marco Antônio Abrahão defendeu a atuação de uma frente única de negociação. Outros palestrantes foram o dr. Jaldo de Souza Santos, presidente do CFF; o dr. Hermínio Mendes, da ANS; e Carlos Audi Ayres, que discorreu sobre o rol de procedimentos de análises clínicas, patologia e biomedicina.
A coordenação de mesa soube ao administrador João Batista Gomes Simão, da ALAPAR, que abriu espaço para que se manifestassem todos os convidados e representantes de federações, sindicatos, associações e conselhos regionais. José francisco schiavon falou em nome da FEHOSPAR, da qual é o presidente, tendo enaltecido os avanços propiciados pelo encontro e a expectativa de que, agora, poderá ser consolidada a proposta no estado de maior participação representativa dos laboratórios.
Para saber mais sobre o evento, contatar a alapar por e-mail (alapar@alapar.com.br) ou por telefone (43) 3327-3248.
A carta de curitiba será veiculada no site da Federação na próxima semana.