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Médicos decidem em assembléia relação com operadoras de saúde

Médicos paranaenses vão decidir em assembléia geral extraordinária, marcada para quinta-feira (15) à noite, os rumos do movimento voltado à valorização profissional e que tem como pilar a implantação da Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos (CBHPM) na área de saúde suplementar. Mais de mil profissionais são esperados para a reunião, que ocorrerá às 20h na sede da Associação Médica, em Curitiba, e que vai colocar em debate até mesmo a possibilidade de radicalizar com as operadoras de planos e seguros de saúde que relutam em prosseguir nas negociações para adoção do rol de procedimentos e seus portes de valores.
O coordenador da Comissão de Honorários, Hélcio Bertolozzi Soares, diz que o propósito negocial ainda prevalece, mas que a resistência das operadoras pode, de fato, dar nova direção à mobilização que propõe o resgate do respeito e da dignidade dos médicos e, também, maior segurança e qualidade de assistência aos usuários dos planos. Ressalta Bertolozzi Soares que, no âmbito nacional, o movimento registra avanços na implantação da Classificação em algumas regiões, enquanto em outras há a suspensão de atendimento a operadoras que insistem em tratar com descaso os médicos e demais prestadores de serviços e os próprios usuários.
Para a assembléia de quinta-feira foram convocados individualmente, por carta e telefone, todos os 7,5 mil médicos radicados em Curitiba e Região Metropolitana. Também todas as demais regiões do Estado deverão estar representadas por integrantes de delegacias e unidades do Conselho Regional de Medicina, Associação Médica, Sindicato dos Médicos e Sociedades de Especialidades. As decisões tomadas, que incluem a fixação dos valores dos portes de procedimentos médicos, serão extensivas para todo o Paraná, conforme assinala o coordenador da Comissão de Honorários. Na oportunidade, ainda, será exibida a extratificação de todas as negociações realizadas com as operadoras.
O Paraná conta com cerca de 15 mil médicos, sendo que mais de 70% estão associados a serviços na área de saúde supletiva, que reúne perto de 2 milhões de usuários. A Classificação foi concluída no ano passado, depois de mais de dois anos de estudos que envolveram as entidades médicas, sociedades de especialidades e a Fipe. O Conselho Federal de Medicina legitimou a CBHPM como padrão mínimo e ético de remuneração dos procedimentos médicos para o sistema de saúde suplementar. O Conselho Regional de Medicina também emitiu resolução adotando o rol de procedimentos como instrumento normatizador dos atos médicos e conferindo à Comissão Estadual de Honorários a competência para fixar os valores dos 14 portes e sub-portes. São ao todo cerca de 5 mil procedimentos, que projetam uma melhor remuneração para os médicos, que estão há nove anos sem reajuste.