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Pequenos hospitais vão ter R$ 5 milhões do governo federal

SAÚDE GERAL-Cerca de 120 instituições do estado serão beneficiadas/Paraná participa de projeto piloto do Ministério da Saúde

Os hospitais de pequeno porte do Paraná passam a ter mais fôlego financeiro a partir de agosto. Principais prejudicados com as políticas no repasse de recursos do Sistema Único de Saúde (SUS), esses estabelecimentos vão receber R$ 5 milhões, vindos da Política Nacional para os Hospitais de Pequeno Porte, do Ministério da Saúde. O Paraná é o primeiro estado a participar do projeto do governo federal. Devem ser beneficiados no estado aproximadamente 120 hospitais, dos 187 considerados de pequeno porte pelo Ministério da Saúde.

De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde, pelo menos 10% dos hospitais de pequeno porte do Brasil estão no Paraná. Eles estão em cidades pequenas e são o único acesso disponível para a população. Grande parte desses estabelecimentos corre o risco de fechar suas portas por não conseguirem se manter.

Para ter acesso ao recurso extra, os estabelecimentos vão ter que obedecer ao perfil exigido pelo Ministério da Saúde. Os hospitais beneficiados devem ser públicos ou filantrópicos, estar numa região de no máximo 30 mil habitantes, e capacidade de cinco a 30 leitos. Os municípios ainda têm que ter 70% da sua população coberta pelo Programa Saúde da Família.

A partir deste mês, a Secretaria começa a traçar o perfil dos estabelecimentos deste porte no estado. Segundo o diretor estadual de Sistemas de Saúde, Gilberto Martin, a intenção é que até o final do mês o governo estadual esteja com os nomes dos hospitais que se enquadram no perfil. A lista será entregue ao Ministério da Saúde. “Se tudo der certo, no fim de julho já começamos o programa no estado”, diz Martim.

O projeto do governo federal dá novo fôlego à Saúde no estado, acredita Martin. Hoje o teto financeiro dos pequenos hospitais está em R$ 10 milhões. O aporte que o Ministério da Saúde promete vai representar 50% a mais no ano para os estabelecimentos de pequenas cidades.

O programa criado pelo Ministério da Saúde também prevê, em médio prazo, o fim do repasse de recursos pelo número de Autorizações de Internamento Hospitalar. Isso acaba também, na visão do diretor, com a “comercialização” das autorizações que rendem mais aos hospitais. “As comprovações de internamentos passam a ser de outra forma.

Érica Busnardo, Gazeta do Povo