O Sindicato Brasiliense dos Hospitais (SBH) divulgou ontem (19/05) um ranking com as melhores e as piores operadoras de planos de saúde no DF. Nada a ver com reclamações dos associados, que pagam pelo benefício, ou dos médicos, que têm de negociar com elas os honorários pelos atendimentos. O levantamento avalia quais são os planos que pagam mais e em dia os 36 estabelecimentos de saúde suplementar que formam o SBH. Sul América, Bradesco Saúde e Medial Saúde são as três mais bem classificadas.
Os hospitais ouvidos no levantamento representam, de acordo com o sindicato, 82% dos leitos particulares do DF. Os melhores planos são aqueles que mais respeitam os contratos, que reajustam com regularidade os valores pagos aos hospitais – o que reflete no bolso do consumidor -, que mais receita geram às instituições e que honram em dia o que devem.
– Isso vale para as empresas, mas é também importante para o consumidor. As piores classificadas são as que constantemente têm a parceria com os hospitais cortada, deixando os associados sem atendimento – argumenta Marcus Fábio Peixoto Leal, presidente do SBH.
De acordo com a pesquisa, as três piores operadoras de planos comercializáveis são AGF Seguros, Blue Life e Unimed. Dentre os planos não-comercializáveis – disponíveis apenas a funcionários de determinados órgãos – os mais bem posicionados são SIS/Senado, Banco Central e Capesaúde. Os piores, Geap, Infraero e Camb.
O diretor de atendimento do Procon-DF, Oswaldo Moraes, no entanto, faz alerta diferente. Para ele, as operadoras perigosas são as que têm reclamações no órgão de defesa do consumidor e não se preocupam em ressarcir os associados. Junto com a Unimed, por exemplo, a Sul América, classificada como a melhor prestadora de contas pelos hospitais, consta da lista negra do Procon das empresas que, um ano após serem intimadas pelo órgão, não resolveram as questões pendentes.