Funcionários de entidades municipais ainda não receberam o 13.º salário
A capital pode ficar sem atendimento nos hospitais municipais a partir de hoje. Nas cinco autarquias hospitalares da cidade – que incluem as 14 unidades da Prefeitura – os funcionários ainda não receberam o 13.º salário e ameaçam reduzir equipes e cruzar os braços. Se isso ocorrer, só serão atendidos casos de emergência.
Quem defende a paralisação parcial é o Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública e Autarquias do Município de São Paulo. Segundo a entidade, a Prefeitura não cumpriu o que foi acertado. “Eles deveriam ter pago as duas parcelas no máximo até segunda-feira. Como não cumpriram, vamos atender só os casos mais sérios até o dinheiro ser depositado”, disse o presidente do sindicato, Leandro de Oliveira.
Ele disse que cerca de 7 mil trabalhadores ainda não receberam nenhuma das duas parcelas do 13º. Pela lei, a primeira deveria ter sido depositada até 20 de novembro e, a segunda, até anteontem. “As pessoas têm contas a pagar e precisam comprar presentes e a ceia de Natal.”
Segundo ele, os hospitais do Campo Limpo, zona sul, Doutor Arthur Ribeiro Saboya, no Jabaquara, e Hospital Infantil Menino Jesus, na Bela Vista, já atendiam parcialmente ontem. A Secretaria da Saúde, porém, negou qualquer paralisação. A reportagem esteve nas unidades, mas pôde entrar.
O sindicato fez assembléias nos hospitais para incentivar a greve. Oliveira disse que mais hospitais devem aderir ao movimento hoje, quando haverá, às 14 horas, manifestação na frente da Secretaria da Saúde.
A secretaria não informou o motivo do atraso no pagamento. Disse que será feito até amanhã.