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Sem recursos, hospital de Mandaguaçu pode suspender cirurgias

A falta de repasse dos recursos federais do Programa de Cirurgias Eletivas do Ministério da Saúde pode suspender o atendimento no Hospital São Lourenço, de Mandaguaçu. O médico José Antônio Gargantini, proprietário do hospital, está disposto a esperar até amanhã, sexta-feira. “Se o dinheiro não chegar, a partir de segunda eu não tenho como operar mais nenhum paciente” , afirma.
De acordo com ele, o município integra o programa de cirurgias eletivas do Ministério da Saúde há mais de um ano. Entre os procedimentos credenciados estão as cirurgias de varizes e de amídala. Nos últimos dois meses, no entanto, os recursos não chegaram. A falta está comprometendo o caixa do hospital e pode afetar o atendimento à população.
Situações como a vivida pela secretária Maria Aparecida Viegue podem não acontecer mais. Mãe de três filhos, em janeiro, ela foi internada no Hospital Municipal, em Maringá, com problemas de pressão baixa e hemorragia uterina. O diagnóstico constatou um pequeno tumor no colo do útero e a paciente recebeu indicação cirúrgica. A vaga para a cirurgia seria liberada esta semana pela central de atendimento da Secretaria de Saúde, mas ela já operou. “Tive de retirar o útero. Imagina se eu tivesse esperado até agora?”, pergunta ela.
A cirurgia da secretária foi feita em Mandaguaçu no mês de março e contabilizada entre as autorizações de internação hospitalar (AIH) que a cidade vizinha recebe pelo programa de cirurgias eletivas. “Não temos fila aqui para o procedimento a que a paciente foi submetida, por isso ela fez aqui”, diz Gargantini.