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Cientista canadense é intimado a deixar o País

 

O cientista canadense Michael Mangan foi notificado anteontem pela Polícia Federal de Londrina para deixar o País em até oito dias. A exigência, segundo a PF, se deveu ao fato de que o cientista estaria exercendo atividade profissional no Brasil com visto de turista, o que é proibido por lei.
Mangan, que concedeu entrevista à Folha publicada no último dia 10 de março, desenvolve pesquisas desde 1997 com células-tronco e, neste ano, já esteve por algumas vezes no Brasil. Em Londrina, ele chegou na semana passada.
O delegado-chefe da Polícia Federal, Élcio Felipe Fuscolin, explicou que o cientista deu entrada no País na semana passada com visto de turista e não poderia trabalhar. “Nesta condição, o estrangeiro não pode desenvolver qualquer tipo de atividade profissional. A lei de estrangeiros veda essa atuação aos turistas”, apontou. Conforme a PF, Mangan só poderia atuar como pesquisador no Brasil se entrasse com visto de trabalho específico.

 

Em razão disso, segundo o delegado, ele foi autuado por exercer atividade de pesquisa não autorizada por nenhum órgão governamental e intimado a deixar o País no prazo de oito dias, a contar da notificação. Caso a determinação não seja cumprida, a PF poderá pedir a deportação. “As pesquisas, incluindo as que versam sobre células-tronco, têm que cumprir toda uma formalização junto ao governo federal”, destacou Fuscolin. Ele acrescentou que o cientista tem prazo de cinco dias para apresentar defesa.
Uma fonte próxima ao canadense em Londrina comentou que Morgan, em nenhuma ocasião, exerceu atividade profissional no Brasil. Segundo a mesma fonte, o cientista já está com passagem reservada para o Canadá na próxima terça-feira.